Nacional Titulo Após conversas
Preso no Rio cabo Benevenuto Daciolo

Militar voltava da Bahia, onde apoiava a paralisação dos
policiais militares, e é acusado de cometer crime militar

09/02/2012 | 00:21
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O cabo Benevenuto Daciolo, do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, foi preso por volta das 22h50 de ontem no aeroporto Tom Jobim, na Ilha do Governador (zona norte do Rio). O militar voltava da Bahia, onde apoiava a paralisação dos policiais militares, e é acusado de cometer crime militar.

 

Após o "Jornal Nacional", da TV Globo, divulgar conversas telefônicas em que o cabo falava sobre o movimento na Bahia e a pretensão de estendê-lo para o Estado do Rio, o secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros fluminense, coronel Sérgio Simões, pediu à Justiça Militar a prisão preventiva do cabo pelo crime de incitamento, previsto no art. 155 do Código Penal Militar ("incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar"). A pena prevista é de prisão de 2 a 4 anos.

 

Enquanto a Justiça Militar não se manifesta, foi determinada a prisão administrativa do bombeiro, pelo prazo de 72 horas. Segundo a mulher do bombeiro, Cristiane Daciolo, o cabo foi preso ao desembarcar do avião que vinha da Bahia e levado para o Quartel Central dos bombeiros, no centro do Rio. Também na noite de ontem, o governador Sérgio Cabral (PMDB) encaminhou carta ao governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), solicitando cópias das gravações em que o bombeiro ou qualquer outro servidor público do Rio tenha sido flagrado.

 

"A fim de que eu possa tomar as providências cabíveis para a manutenção da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro, solicito que me sejam enviadas cópias de todas as gravações que tenham tido como interlocutor o bombeiro militar acima referido ou qualquer outro servidor do Estado do Rio de Janeiro. Agradeço desde já a colaboração do Estado da Bahia na manutenção da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro", afirma a mensagem encaminhada por Cabral ao colega baiano.




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