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Dono de bar é morto por assaltante em Diadema
Por Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
21/10/2005 | 08:27
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O comerciante Francisco das Chagas, 54 anos, morreu quarta-feira à noite, em Diadema, após levar três tiros. Ele foi perseguido ao supostamente tentar avisar a polícia por telefone que seu bar, localizado no Jardim dos Eucaliptos, estava sendo assaltado. O assassino e um comparsa fugiram.

Eram cerca de 22h30 quando a vítima chegou a seu estabelecimento, na altura do número 53 da rua Polônia. Segundo o depoimento dado à polícia pelo balconista Antônio Felipe Santiago, 49 anos, que trabalhava na hora do crime, Chagas estava entrando no bar quando dois homens desconhecidos e armados anunciaram o assalto. O comerciante teria saído discretamente do local para pedir ajuda, mas foi percebido por um dos criminosos.

Quando caminhava – provavelmente em busca de um orelhão –, um dos ladrões começou a brigar com Chagas. De acordo com uma testemunha que não quis se identificar, o comerciante andava em sua direção pela avenida Almiro Sena Ramos, a poucos metros do bar, e logo atrás vinha o criminoso. A testemunha viu quando o assaltante sacou um revólver das costas e atirou três vezes contra a vítima. O comerciante foi atingindo na cabeça, tórax e costas. Nesse momento, o atirador atravessou a rua. Seu comparsa o aguardava em um Gol preto. As placas do veículo não foram anotadas.

No 3º Distrito Policial de Diadema, onde o caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte), o balconista Santiago disse que os dois assaltantes entraram no bar passando-se por clientes. Após servir-se de uma bebida, um deles se dirigiu ao caixa e, com um revólver em punho, anunciou o assalto e pediu todo o dinheiro. "Estava guardando umas garrafas no depósito quando o outro assaltante mostrou a arma para mim e mandou eu abaixar a cabeça. O Antônio (Santiago) foi obrigado a entregar o dinheiro e ficou trancado comigo no depósito", disse o balconista Milton Ferreira Lima, 40 anos, que trabalha em outro bar do mesmo comerciante. Os ladrões levaram cerca de R$ 1 mil.

Uma das filhas do comerciante, a jovem Alessandra Santiago das Chagas, 24 anos, disse que o estabelecimento de seu pai já havia sido assaltado outras vezes. "Vira e mexe o bar é assaltado. Sempre levaram o dinheiro, mas nunca fizeram nada com as pessoas. Meu pai era muito querido no bairro", disse a jovem. O corpo de Chagas será enterrado nesta sexta-feira, às 9h30, no Cemitério Jardim Vale da Paz, no bairro Eldorado, em Diadema.




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