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Madeira critica governadores da oposiçao
Por Do Diário do Grande ABC
06/02/1999 | 13:15
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O líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), criticou neste sábado os governadores de oposiçao que estiveram reunidos sexta, no Rio Grande do Sul. Madeira defendeu a decisao do presidente Fernando Henrique Carsoso de cancelar o encontro com os governadores da oposiçao, previsto para a próxima terça-feira, por considerar a nota emitida após o encontro radical e deseducada. "Os governadores, quando assumiram, sabiam das dificuldades que iriam enfrentar. Nao querem ter a responsabilidade de ajustar as contas públicas de seus Estados. Querem moleza. Querem repassar para a Uniao apenas 5%, enquanto continuarao a aplicar 85% do que arrecadam com o funcionalismo público", afirmou Madeira.

Segundo ele, a nota oficial dos governadores foi radical e mostrou um comportamento irresponsável, justamente no momento que o País mais necessita de tranqüilidade para resolver seus problemas. "A renegociaçao da dívida deu para os Estados amplas condiçoes de superarem as dificuldades, com prazo de 30 anos e juros de 6% ao ano", afirmou. De acordo com Madeira, há quatro anos o "Estado de Sao Paulo arregaçou as mangas e enfrentou o problema das contas públicas. Outros Estados nao seguiram o exemplo e estao em dificuldades agora".

O líder governista comentou que o Espírito Santo está indo na mesma trilha de Sao Paulo. "Por que os outros nao podem fazê-lo, com seus governadores querendo criar uma crise institucional". Em sua análise, Madeira enfatizou que os governadores recém-empossados sabiam perfeitamente das situaçoes de seus Estados antes de assumirem. "Agora agem irresponsavelmente. Querem moleza para governar. Nao querem assumir a responsabilidade de resolverem o sério problema de suas contas públicas. A nota que emitiram foi ruim para o país", afirmou.

O deputado lembrou que o porta-voz da presidência da República havia admitido, antes do encontro dos governadores no Sul, que ainda havia espaço para a negociaçao, que poderia até envolver a Lei Kandir ou alguns repasses de recursos. "Mas parece que nao entenderam. Querem botar fogo no circo. Nao é esse comportamento que a sociedade espera deles. O momento é de conversa, nao de geraçao de problemas".




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