A cantora e compositora andreense Marcia Cherubin se apresenta nesta quarta, às 22h30, no Bar Brahma, em São Paulo. Os ingressos custam R$ 15.

 Influenciada pela obra de nomes consagrados como Elis Regina, Edu Lobo, Chico Buarque e Leila Pinheiro, a intérprete divulga o CD Pobre Chão. Composto por 15 faixas (todas assinadas por Marcia), o disco apresenta características que marcaram a música brasileira nos anos 1960, como a abordagem de temas regionais, a preocupação com a qualidade harmônica e o preciosismo poético. Entre os destaques do álbum estão Passarada e Julia.

 Outro bom momento fica por conta da faixa Bairro do Macuco. “Olha quem vem lá/de chapéu de sol/cigarro de palha, moço brejeiro e de pé no chão”, canta Marcia em um dos trechos da letra.

 Em 2005, a cantora classificou esta composição na etapa final do renomado Festival de Música de Tatuí, no interior do Estado. O evento, que integra o calendário cultural da Secretaria Estadual de Cultura, recebeu naquele ano 1.010 inscrições de diversas regiões do País.

PAIXÃO

 Executiva de uma multinacional, Marcia, de 44 anos, começou a se dedicar à carreira artística há cerca de seis anos. “A música me tomou por completo aos 38 anos, quando era preciso reeditar a adolescência num emergente e mágico movimento de retomada dos sonhos. Como prova de amor à nossa música, insisto em não deixar escapar pelas brechas do meu tempo o que até hoje fontes inesgotáveis de inspiração”, comenta a intérprete.

 Ainda segundo ela, além das composições do disco, o show traz versões de sucessos de Clara Nunes, da cantora portuguesa Dulce Pontes e da argentina Mercedes Sosa.

 No palco, ela recebe o auxílio luxuoso de seu grupo de apoio, formado por Flávio Barba (violões e direção musical), Eduardo Guarinon (bateria), Bira Azevedo (percussão) e Marcos Canavese (baixo-acústico).

COMPOSIÇÃO

 Uma das curiosidades relacionadas às composições de Márcia é o fato de ela não dominar nenhum instrumento.

A compositora trabalha apenas com melodias que cantarola e registra em um gravador. O que poderia ser considerada uma limitação confere um sabor especial às canções da artista, que abusa da criatividade e do bom gosto.