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TRT irá julgar amanhã paralisação dos metroviários

Categoria está parada desde quinta-feira e irá manter greve hoje; nova audiência no tribunal terminou sem acordo na noite de ontem

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
07/06/2014 | 07:00
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O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) deverá julgar amanhã, às 10h, a greve dos metroviários de São Paulo, que teve início na quinta-feira e será mantida hoje. Trabalhadores e representantes da empresa participaram de audiência na noite de ontem, mas não chegaram a acordo. Foi a quinta vez que as partes se encontraram na Corte.

Os metroviários exigem aumento de 33,4%, sendo 7,9% de reposição da inflação e 25,5% de aumento real. Na audiência de ontem, o desembargador Rafael Pugliese, presidente da SDC (Seção de Dissídios Coletivos) e relator do caso, sugeriu índice de 9,5%, proposta posteriormente reduzida a 9%. A empresa, entretanto, manteve o percentual de 8,7% oferecido na quinta.

O presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, afirmou que a companhia não teria condições de aumentar a proposta para além dos 8,7%, já que as tarifas – que custam R$ 3 – não são reajustadas há dois anos.

Se não houver acordo ao longo do dia, o julgamento da greve está previsto para acontecer às 10h de amanhã na sede do tribunal, na região central da Capital. Quatro processos envolvendo as partes serão apreciados. Os magistrados irão decidir o percentual de reajuste dos salários e outras cláusulas econômicas. Também será julgado se a greve foi ou não abusiva, além da compensação ou desconto dos dias parados.

CONFUSÃO

Protesto dos trabalhadores terminou em tumulto por volta de 8h30 na Estação Ana Rosa, na Zona Sul. Grevistas tentavam impedir o acesso de funcionários que não aderiram à paralisação. A Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu o local e dispersou os manifestantes com balas de borracha e bombas de efeito moral.

À noite, a operação era parcial em três dos cinco ramais. A Linha 1-Azul funcionava no trecho entre Saúde e Luz; a Linha 2-Verde operava entre Ana Rosa e Vila Madalena, enquanto a circulação na Linha 3-Vermelha ocorria entre Bresser-Mooca e Marechal Deodoro. As linhas 5-Lilás (Capão Redondo-Adolfo Pinheiro) e 4-Amarela (Luz-Butantã), essa operada pela concessionária ViaQuatro, tiveram funcionamento normal. A Linha 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) não foi afetada.

Com o rodízio suspenso pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a Capital registrou 239 quilômetros de lentidão pela manhã, recorde de 2014.(com agências) 




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