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Exportações impulsionam micros e pequenas indústrias em SP
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
09/08/2005 | 08:38
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A força das exportações brasileiras no primeiro semestre favoreceu o desempenho das micro e pequenas indústrias do Estado de São Paulo. A avaliação é do Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo), com base em pesquisa mensal feita pelo próprio sindicato.

O levantamento apontou que o faturamento das empresas de pequeno porte do setor industrial cresceu 4,6% em junho no mês na comparação com maio, depois de já ter crescido 5,4% em maio ante o mês anterior. A análise de especialistas é de que muitas pequenas indústrias fornecem para grandes empresas exportadoras, como as montadoras de veículos, e se beneficiam do aumentos das encomendas de carros ao exterior.

Números da Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores) mostram que de janeiro a julho as exportações do setor automobilístico cresceram 37,4% ante o mesmo período de 2004.

O ritmo de crescimento das pequenas indústrias teria se intensificado no segundo trimestre devido às exportações e também por um maior acesso ao crédito pelos consumidores. O nível de utilização da capacidade instalada das pequenas também cresceu. Em junho a expansão foi de 2,3% para o nível, em média, de 69,1% de utilização da capacidade produtiva total.

O departamento de economia do Simpi informa que o índice médio de 69,1% é um dos maiores já registrados pela pesquisa mensal de conjuntura da entidade, acima do padrão histórico, que gira em 60%. No ano passado, em junho, estava em 65% e no mesmo mês de 2003, estava em 57,5%.

O maior uso da capacidade indica um crescimento da produção, para atender o aumento da demanda. Os pedidos em carteira também se elevaram em junho, em 5,6%, após terem subido 4% em maio na comparação com abril.

Empregos - Apesar da evolução favorável do faturamento, o quadro de empregos não acompanhou o mesmo ritmo. Houve ligeira retração, de 0,4%, no número de postos de trabalho na mostra de 112 empresas pesquisadas no mês, que têm em média 23,9 empregados cada uma. Segundo o sindicato, a diminuição de 0,4% representa menos 3,9 mil vagas no Estado de São Paulo, o que reduz o total de empregos para 973 mil nas pequenas indústrias.

Para o Simpi, além de aplicação de recursos para melhorar a produtividade e reduzir custos, recentemente, fatores de incertezas - como a crise política e a baixa rentabilidade nas vendas ao exterior -, podem ter gerado cautela para a realização de contratações, devido à perspectiva de um quadro econômico mais difícil. O levantamento também aponta tendência de redução do quadro de funcionários em 0,3% em julho na comparação com junho.

Problemas - Entre os principais problemas identificados pelas micro e pequenas empresas no mês, os impostos lideram, com 28% das citações. Em maio, eram 28% das citações. O fator vendas, que era lembrado por 14% dos entrevistados, subiu para 16% em junho.

Já o custo da matéria-prima, que estava em 25% das citações em maio, caiu para 21% em junho. Juros e financiamentos foram lembrados por 14% das micro e pequenas enquanto o fator política subiu de 8% das indicações para 9%.




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