Com a saída do ex-prefeito e ex-candidato Gilson Menezes, o PL de Diadema fica sem presidente. Mas a situação deverá ser resolvida ainda este mês, com a eleição de uma nova executiva – nesse meio tempo, a secretária geral, Cleonice Soares de Oliveira, responderá pela legenda. “O partido terá uma nova organização a partir de agora, conforme está previsto no estatuto”, explica Antonio Irineu, membro do diretório.

A retirada do grupo de Gilson do comando do PL, na avaliação de Irineu, abre o caminho para novos rumos políticos da legenda dentro e fora de Diadema. Os liberais deverão ficar alinhados às forças anti-petistas, consolidadas na região durante a eleição do ano passado. “O PL deverá fiscalizar as ações do prefeito Filippi (PT)”, pondera Irineu.

O partido sofreu um racha durante o segundo turno, após Gilson ser tirado do páreo eleitoral com 12 mil votos. O candidato derrotado levou o grupo e o saldo de votos para Filippi, enquanto outro grupo seguiu para o lado do candidato do PSDB, José Augusto da Silva Ramos.

Tal dissidência quase rendeu a expulsão do ex-prefeito e seus seguidores – além dele, ocupavam a executiva a irmã, Fátima, a mulher, ex-vereadora Eliete, entre outros nomes. O expurgo seria capitaneado pela ala pró-José Augusto, mas a desfiliação de todos os Menezes anulou a ação. “Eles desrespeitaram uma decisão aprovada pela maioria dos candidatos e do diretório, e poderiam ser penalizados por isso com a expulsão, mas agora não há necessidade”, coloca Irineu.

Coerência – Eliete anunciou ontem sua saída do PL, após se reunir com seu grupo. “É uma questão de coerência com Gilson”, resumiu sua situação. Sem conseguir se reeleger, Eliete garante que o grupo fortalecerá a atuação de Gilson como secretário de Cultura, prêmio pelo apoio no segundo turno. “Mas não vou trabalhar diretamente com ele”, ressalva. Tanto ela como Gilson estão sem partido, mas ensaiam uma reaproximação com o PT. “É o partido do coração”, declara Eliete.