Confirmado como pré-candidato à Prefeitura de Mauá pelo ex-ministro e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab (PSD), o ex-secretário de Governo mauaense João Veríssimo assumiu ontem a direção do partido na cidade e disse que o município necessita de “um banho de moralidade”.

Em evento que contou com a presença de vereadores do município, como Adelto Cachorrão (Avante) e Tchacabum (PRP), e figuras políticas do Grande ABC, como os vereadores de São Caetano Cesar Oliva (PL) e Ubiratan Figueiredo (PL), os secretários andreenses Coronel Sardano (PTB-Segurança) e Márcio Chaves (PSD-Saúde) e ribeirão-pirense Taka Yamauchi (PSD, pré-prefeiturável em Diadema), e até a vice-prefeita de Rio Grande da Serra, Marilza de Oliveira (PSD), potencial candidata à sucessão do prefeito Gabriel Maranhão (Cidadania).

Na visão de Veríssimo, Mauá passa por momentos político e econômico atribulados, o que seria período propício para mudança na gestão da cidade. “Mauá está precisando de um banho de moralidade. Temos que pensar em Mauá e não somente nos planos políticos”, declarou.

Veríssimo atuou como secretário de Governo quando a vice-prefeita Alaíde Damo assumiu a segunda vez o comando da cidade após prisão do prefeito Atila Jacomussi (PSB) no âmbito da Operação Trato Feito, da PF (Polícia Federal). Ele atuou como juiz de primeira instância em Minas Gerais – tanto que seu nome político é Juiz João Veríssimo – e é irmão do ex-vereador Rômulo Fernandes (PT) e filho de Celcina Pereira Fernandes, integrante da primeira bancada do PT em Mauá, entre 1983 a 1988.

Ex-vice-prefeito e ex-vereador da cidade, Márcio Chaves passou a presidência do PSD para Veríssimo e pediu mudança na maneira de se fazer política em Mauá. “A população da cidade necessita de políticas públicas. Não vamos para a eleição apenas para disputar, mas com a intenção de ganhar o pleito”, definiu. Chaves foi candidato ao Paço em 2004, pelo PT – teve candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral – e em 2016, quando ficou na quarta colocação.

Sem muitas aparições públicas após ver seu nome envolvido em acusações de corrupção, o que fez que não assumisse o cargo de Secretaria da Casa Civil do governador João Doria (PSDB), Kassab declarou que Mauá perdeu o prestígio de município grande nas últimas décadas e que esse renome deve ser resgatado. “O PSD tem projeto para a cidade. Além de pensarmos em vencer, pensamos em realizar renovação na política da cidade. O prefeito tem que montar uma boa equipe (de secretários) senão a cidade não vai para lugar nenhum”, pontuou.

Sardano vira principal aposta em Sto.André

Cacique nacional do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab traçou os planos partidários no Grande ABC e enalteceu o secretário de Segurança de Santo André, o vereador licenciado Edson Sardano. Apesar de filiado ao PTB, Sardano compareceu ao evento e reforçou especulação sobre ida para o PSD – o Diário mostrou a movimentação na semana passada.

“Sardano será o grande nome do PSD em Santo André”, bancou Kassab. O secretário é cotado para ser vice na chapa liderada pelo prefeito Paulo Serra (PSDB).

Em Santo André, Sardano foi eleito vereador em 2016 com a segunda maior votação, com 6.132 adesões. Ficou atrás somente de Roberto Rautenberg Protetor (Republicanos), que obteve 7.863 votos. Sardano logo assumiu cargo de secretário de Segurança. Só saiu da vaga para ser candidato a deputado federal em 2018.

Em São Bernardo, Kassab declarou que o plano é continuar no arco de alianças do prefeito Orlando Morando (PSDB) – o vice-prefeito Marcelo Lima é filiado ao PSD. Em São Caetano, o ex-vereador Fabio Palacio (PSD) foi confirmado como pré-candidato ao Paço.

Kassab ainda reafirmou o apoio ao prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB). Em Diadema, o secretário de Obras de Ribeirão Pires, Taka Yamauchi (PSD), foi confirmado como pré-candidato. Em Rio Grande da Serra, a vice-prefeita Marilza de Oliveira (PSD) também foi chancelada como nome da sigla na disputa pela sucessão de Gabriel Maranhão (Cidadania)