Cultura & Lazer Titulo História
Seis décadas de história

Exposição com trabalho feito pelo ‘Diário’ nos últimos 60 anos começa hoje em Santo André

Miriam Gimenes
11/07/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O jornalismo é a prática de identificar informações relevantes e apurá-las de modo a repassar da melhor maneira ao leitor. Uma vez escrito, esse fato fica registrado para posteridade. E é justamente isso que o Diário faz há 60 anos: participa e publica a história não só do Grande ABC, como também do País e do mundo.

De modo a mostrar tudo que foi reunido durante este período, tem início hoje, a partir das 17h, no Atrium Shopping (Rua Giovanni Battista Pirelli, 155), em Santo André, a exposição DGABC 60 Anos, que celebra o período de existência e o trabalho feito pela publicação ao longo de seis décadas. A mostra, gratuita, que nasceu de projeto idealizado por Paulo César Teixeira Nunes, 54 anos, há 24 diagramador e artista gráfico do Diário, já passou pela Câmara de São Caetano e também pelo Centro de Exposições e História Ricardo Nardelli, em Ribeirão Pires.

Nela, o visitante poderá apreciar todas as capas feitas pelo Diário no dia 11 de maio – data do aniversário do jornal – a partir da década de 1970. Foi neste período que ele passou a ser distribuído diariamente, exceto às segundas-feiras. O vistitante também verá as fotos captadas pelos profissionais que passaram por aqui, ilustrações, os registros feitos pelo DGABC TV e mural onde estão todas as capas da Dia-a-Dia Revista, que acaba de completar uma década.

Há também espaço reservado aos prêmios recebidos pelo jornal, entre eles o Esso, que contemplou há mais de 40 anos a reportagem A Metamorfose da Industrialização, assinada por Ademir Medici em parceria com Édison Motta (1953-2015). “O Prêmio Esso veio no momento exato. Estávamos – Edison Motta, meu parceiro na série ‘Grande ABC, a Metamorfose da Industrialização’ – sendo bombardeados pelos ufanistas, que nos chamavam de derrotistas. A série questionava o processo de industrialização da região, ocorrida sem planejamento. Defendíamos um desenvolvimento racional, que respeitasse o meio ambiente, o migrante que chegava e não tinha onde morar, as cidades bem organizadas que fossem de todos, a história contada pelas populações e não a história oficial que falava do quinhentismo e esquecia a transformação do rural em urbano”, lembra o jornalista.

Segundo ele, o apoio da direção do jornal à época, em especial o diretor Fausto Polesi (1930-2011), foi determinante. “E o reconhecimento pelo Prêmio Esso demonstrou que as três reportagens tinham caráter propositivo e críticas construtivas.”

A gerente-geral do Atrium, Vanessa Nery, comemora a chegada da mostra ao shopping. “É uma honra receber a exposição comemorativa de um veículo que construiu sua história apoiado no profissionalismo e na cobertura completa do noticiário da região do Grande ABC e do mundo.” A exposição fica em cartaz no piso 1 do Atrium Shopping até o dia 23.  




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