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UFABC abre consulta à comunidade para criar graduações na área da Saúde
Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
08/04/2017 | 07:00
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 A UFABC (Universidade Federal do ABC) abriu consulta à comunidade para receber sugestões sobre a criação de cursos na área de Ciência e Tecnologia da Vida e da Saúde. Até o dia 12 de abril, qualquer integrante da sociedade civil pode protocolar proposta de nova graduação, desde que ela seja compatível com o BC&T (Bacharelado em Ciência e Tecnologia) e atenda aos critérios de formação em áreas que ainda não sejam contempladas na instituição de ensino. A expectativa da reitoria é a de, caso aprovados pelo Consu (Conselho Universitário) e, posteriormente, pelo MEC (Ministério da Educação), os novos cursos sejam implementados em prazo médio de dois anos.

“Após o recebimento das propostas, uma comissão vai avaliar a viabilidade e pertinência dos cursos, o que deve demorar de seis a oito meses, e enviar relatório ao Conselho Universitário”, destaca o vice-reitor da UFABC, Dácio Roberto Matheus. Após aprovação do Consu, as graduações também dependem de aval do MEC para serem instaladas. “Esse processo leva um tempo para ser concluído, um ano e meio até dois anos, e esperamos que a conjuntura financeira do País esteja melhor até lá”.

A instituição deverá levar em conta questões como necessidade de criação de estrutura física complementar e de contratação de profissionais durante o processo de avaliação das propostas. Conforme o vice-reitor, não existe limite de graduações que podem ser abertas. “Tudo vai depender dessa triagem a ser feita e se será possível aproveitar o que já temos, sem que seja preciso expandir”, observa Matheus.

Embora as novas graduações sejam correlatas à área da Saúde, elas devem estar relacionadas à tecnologia, como é o caso de cursos como Farmácia e Biotecnologia, por exemplo. “Ainda temos uma limitação, então não há condições de se ofertar um curso de Medicina, que seria a criação de mais um bacharelado”, explica o vice-reitor.

O PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional), documento que planeja as ações da universidade até 2022, prevê a abertura de terceira linha de bacharelado, essa na área de Ciências da Vida, e que pode incluir Medicina. No entanto, o cenário econômico do País não é favorável, observa Matheus. “Isso exigiria nova estrutura e ainda precisamos ter precaução”, ressalta, ao se referir às dificuldades financeiras que a UFABC enfrenta desde 2015. A expectativa é a de que o orçamento deste ano seja 22,4% menor em relação ao de 2016, quando foram disponibilizados R$ 185 milhões. “Em 2016, precisamos fazer reengenharia para preservar as atividades. Estamos na expectativa para saber se o corte no orçamento da União terá impacto nas universidades”, diz o vice-reitor.

A instituição oferece atualmente 24 cursos entre o BC&T e o BC&H (Bacharelado em Ciência e Humanidades) e tem 12,6 mil alunos matriculados.




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