No documento, o diretório paulista afirma que a prisão do sem-terra é provocação à legítima luta dos trabalhadores rurais. Os sem-terra também avisaram que vão se esforçar por sua libertação.

Líder do MST na região do Pontal do Paranapanema (oeste de São Paulo), José Rainha foi preso quando prestava depoimento em uma delegacia sobre o uso ilegal de armas por membros do MST. Ele responde a processo por formação de quadrilha e furto desde 2002.

Em 2000, Rainha foi acusado de co-autoria em dois homicídios durante a invasão de uma fazenda no Espírito Santo em 1989. Porém, durante o julgamento, ele foi absolvido por 4 votos a 3. Durante o período, ele chegou a ser suspenso da coordenação do movimento.

Confira a íntegra da nota divulgada pela sigla:

O Diretório Nacional do PT protesta contra a detenção do militante do Movimento Sem Terra da região do Pontal do Paranapanema, José Rainha Júnior, nesta sexta-feira, à véspera da cerimônia, na próxima segunda-feira, de comemoração dos 13 anos de luta dos sem-terra na região.

O diretório nacional considera esta uma verdadeira provocação com a legítima luta dos trabalhadores sem terra, mais uma tentativa de se contrapor à vontade expressa de 53 milhões de que realizem as mudanças necessárias, como a reforma agrária, compromisso reafirmado pelo novo governo.

O diretório envidará todos os esforços para a imediata libertação de José Rainha, de modo a estabelecer a paz no campo e apoiar a realização do processo de reforma agrária.