O PT foi o partido que mais elegeu, com cinco prefeitos – Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – e 37 vereadores, na somatória das sete cidades. O segundo partido que conseguiu mais cadeiras nas câmaras foi o PPS, que além do prefeito de São Bernardo, empossou mais 17 vereadores. Em São Caetano, a prefeitura foi para o PTB, que elegeu ainda 11 vereadores, atrás do PL, com 13 e do PFL, com 12 vereadores eleitos.

Há quatro anos, o processo eleitoral foi também marcado por reeleições. Em Santo André, Celso Daniel (PT) com 64% dos votos conseguiu mais um mandato. Em São Bernardo, ocorreu o mesmo com Maurício Soares (então no PPS), que garantiu também 64% dos votos. Em Ribeirão Pires, outra reeleição: Maria Inês Soares (PT) recebeu 57% dos votos e em São Caetano, Luiz Olinto Tortorello (PTB) teve o apoio de 78% da população para se eleger pela segunda vez consecutiva. A terceira, como prefeito da cidade.

Em Mauá, apesar da necessidade do segundo turno, Oswaldo Dias (PT) conseguiu mais um mandato depois de obter 53% dos votos válidos contra 47% de Leonel Damo (PSDB). Em Diadema, a Prefeitura ficou com José de Filippi Jr., que com 53% dos votos superou José Augusto da Silva Ramos (PPS), com 47%, também no segundo turno. Em Rio Grande da Serra, a eleição de 2000 foi vencida por Ramon Velasquez (PT), que se reelegeu com 42% dos votos.

Em Santo André e São Bernardo, a eleição foi definida no primeiro turno porque os candidatos obtiveram a maioria dos votos. Já em São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, cidades com menos de 200 mil eleitores, a escolha do prefeito deu-se em uma única eleição, de acordo com determinação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Mudanças – De 2000 para cá, ocorreram algumas substituições nas prefeituras. Em Santo André, o então prefeito Celso Daniel (PT) foi assassinado em 2002, depois de permanecer por cinco anos consecutivos na função. Em seu lugar, assumiu o vice, João Avamileno, que nesta eleição briga para permanecer mais um mandato. Em São Bernardo, Maurício Soares, já de volta ao PSDB, abandonou o cargo em fevereiro de 2003, alegando problemas de saúde. A estratégia fez com que o vice William Dib (PSB) assumisse a prefeitura um ano antes das eleições e se apresentasse bastante fortalecido para brigar por mais um mandato.

Câmaras – Em 2000, a maior renovação deu-se em Rio Grande da Serra, com a substituição de nove dos 15 vereadores (67%), maioria petista. Em São Bernardo, o Legislativo foi renovado em 33,3%. Dos 21 vereadores da cidade, 20 candidataram- se novamente, porém, somente 14 conseguiram a reeleição em 2000. O partido com maior número de representantes foi o PT, com 5 vereadores. Já em Ribeirão Pires, dos 15 vereadores, oito conseguiram se reeleger, força dividida entre os partidos do PL e do PT, cada um com três representantes no Legislativo.

Em São Caetano, o índice de renovação foi de 38,09%, com a maioria petebista. Na cidade de Mauá, dos 19 vereadores que tentaram a reeleição, apenas seis não conseguiram mais um mandato. Renovação de 38,09% com maior representação do PT. Em Diadema, a Câmara registrou troca de 33%, com supremacia do PT, representado por sete vereadores. Finalmente, em Santo André, a renovação no Legislativo foi de 42,85%, com maioria do PT, que conseguiu eleger nove vereadores.

Mais votados – Em Santo André, o candidato mais votado nas eleições de 2000 foi Sargento Geraldo Juliano (PMDB), com 9.168 votos. Em Diadema, o vereador que recebeu maior votação foi Orlando Anníbal (PMN), com 3.960 votos. Admir Jacomussi (PPS), com 4.693 votos, foi o candidato com melhor pontuação em Mauá. Em São Caetano, o parlamentar mais votado foi Hamilton Lacerda (PT), com 2.784 votos. Em Ribeirão Pires, o candidato que obteve a maior votação foi Saulo Benevides (PSDB), com 1.816 votos. Em São Bernardo, Gilberto Giba Marson (PV) foi o campeão de votos, com 8.170. Em Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (PT) foi o mais votado com 847 votos.

Clima – Em 2000, Rio Grande da Serra teve as eleições mais conturbadas do Estado, segundo o TRE-SP. O maior problema se deu nas urnas eletrônicas, 75% delas apresentaram problemas técnicos. Em Ribeirão Pires, com 30% das urnas sem funcionar, o jeito foi utilizar, em vários postos de votação, a velha cédula de papel. Nas demais cidades, as eleições transcorreram normalmente, apesar da boca de urna ter sido feita ostensivamente em toda a região.