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Prefeitura de Diadema corta consumo de combustível
Do Diário do Grande ABC
27/04/2001 | 00:16
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A crise financeira pela qual passa a Prefeitura de Diadema vai afetar o consumo de combustível. A partir desta sexta, todas as secretarias municipais receberão um memorando interno do secretário de Administração, José Jacinto de Oliveira, solicitando um corte de 20% no diesel e na gasolina.

Os 300 veículos da Prefeitura, incluindo máquinas e equipamentos, consomem por mês 70 mil litros de combustível. Para manter essa despesa, saem dos cofres públicos R$ 83 mil.

Jacinto disse que a medida é necessária porque o Orçamento aprovado pela Câmara para 2001 é de R$ 239 milhões, porém não deve ultrapassar os R$ 206 milhões. “Com base nisso, temos de adequar os nossos gastos de acordo com a arrecadação do município.”

Caso não haja a redução de 20% no combustível, o secretário afirmou que corre-se o risco de, em agosto, a Prefeitura enfrentar problemas com a compra do produto.

Jacinto disse que os cortes não afetarão os serviços essenciais como caminhões de lixo e ambulâncias. “Temos de fazer a racionalização dos serviços sem prejudicar os essenciais”, afirmou.

Calamidade – Um grupo de coletores de lixo da Prefeitura denunciou nesta quinta, durante protesto de servidores, que não há uniformes, equipamentos de primeiros socorros, botas e luvas para trabalharem.

Um coletor, que preferiu não se identificar, afirmou que tem usado para trabalhar um tênis que achou no lixo. “A situação está muito ruim e ninguém faz nada”, disse.

Um outro coletor declarou que falta equipamentos de primeiros socorros. “Quando acontece alguma coisa somos transportados nos caminhões de lixo”, afirmou.

Segundo os coletores, eles são 146 na Prefeitura e enfrentam tais problemas a pelo menos um ano. “Estamos trabalhando sem luvas e isso é muito ruim. Olha como estão as minhas mãos”, afirmou um deles, mostrando várias marcas.

“Onde está a Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes”, questionou um outro servidor.

O secretário de Administração da Prefeitura disse que a atual gestão já herdou tais problemas e que a compra de equipamentos está sendo feita por meio de licitação.

“Isso leva um tempo. Nós estamos há três meses na Prefeitura e já fizemos os encaminhamentos de vários problemas. As luvas e as botas para os coletores, por exemplo, já foram compradas”, afirmou.

Jacinto disse que o governo anterior impediu a transição e a atual gestão levou um período para detectar e começar a resolver problemas. — GJ




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