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Alckmin reclama da demora do BNDES; Mantega justifica
Do Diário OnLine
21/02/2005 | 23:25
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), criticou nesta segunda-feira o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pela demora na liberação de um financiamento de R$ 390 milhões para a construção de três estações da Linha 2 do Metro. "A dificuldade é que o financiamento não é aprovado", disse o tucano, depois de uma aula na FGV (Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo.

Alckmin lembrou que o Metro em São Paulo só foi possível com o auxílio financeiro do BNDES. "Quase todas as linhas do metrô foram feitas com recursos do BNDES. São Paulo é um dos grandes contribuintes do BNDES. Vamos pagar 800 milhões de Pasep, dos quais 60% vão para o seguro-desemprego e 40% para o BNDES. A obra é de mais de R$ 1 bilhão e o financiamento que pedimos de R$ 390 milhões", explicou o governador.

Para o presidente do BNDES, Guido Mantega (ex-ministro do Planejamento), o problema da questão está no superávit primário – União, Estados e municípios são obrigados a economizar juntos 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto). Ele explicou que, com o empréstimo do valor solicitado, a contribuição de São Paulo para este superávit seria menor e o esforço da União, para alcançar esta porcentagem (4,25%), teria que ser maior. "O governo federal teria que deixar de gastar (R$ 390 milhões) para o governo estadual gastar."

Na visão do presidente do BNDES, o governo estadual deverá cortar gastos dentro do próprio orçamento para viabilizar esta obra, considerada pelo próprio Geraldo Alckmin muito importante. "A proposta que eu fiz ao governador é que ele economize um pouco, o governo federal economize um pouco e nós (BNDES) viabilizamos o empréstimo", explicou.

O presidente do banco rechaçou a informação de que a não liberação do empréstimo esteja ligado ao fato de Alckmin ser do PSDB – partido que faz dura oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Para se ter uma idéia, em 2004 liberamos R$ 1,1 bilhão para a Cesp (Companhia Energética de São Paulo)", exemplificou Mantega.

Geraldo Alckmin é um dos nomes fortes do PSDB para derrotar Lula nas eleições presidenciais de 2006.




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