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PM é baleado na cabeça ao sair de bar
Por Javier Contreras
Do Diário do Grande ABC
17/05/2003 | 20:08
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O soldado Heraldo dos Santos Azevedo, 30 anos, da 3ª Companhia do 6º Batalhão da Polícia Militar, foi baleado com um tiro na cabeça por volta das 5h30 de sábado em um bar-restaurante na altura do Km 35 da Estrada Velha de Santos, em São Bernardo. Existe a possibilidade de o soldado Azevedo ter sida vítima de um companheiro de profissão: uma denúncia à Polícia Civil informou que, durante uma confraternização de policiais militares no lugar (todos estariam de folga), Azevedo e um capitão de uma companhia do mesmo batalhão teriam discutido. O capitão, então, teria atirado contra a nuca do companheiro, já do lado de fora do bar-restaurante. A Polícia Militar não confirmou a história.

Além do soldado, um amigo seu, Marcelo Silvestre de Almeida, 25 anos, foi baleado com um tiro no abdome. Almeida, que continuava hospitalizado até a noite de sábado, pode ser a testemunha-chave para a elucidação do caso. Ao contrário de seu amigo, o estado de saúde do soldado Azevedo era crítico e ele permanecia internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Assunção até a noite de sábado.

O delegado Gérson Peranovich, do 4º Distrito Policial de São Bernardo, confirmou a denúncia. “Através de um telefonema, uma mulher afirmou que um capitão atirou no soldado após uma discussão. Outros dois tenentes estariam no local também”, afirmou. Policiais militares do mesmo batalhão, que preferiram não se identificar, comentaram o caso. “Muitos PMs freqüentam esse local nas folgas”. “O pessoal costuma fazer confraternizações e tomar uma cerveja lá”.

Segundo o boletim de ocorrência registrado seis horas após o ocorrido por policiais da 6ª Companhia, o crime teria acontecido após Azevedo ter chamado uma mulher para cantar em um karaokê no local. Instantes depois, um acompanhante da mulher teria dito para Almeida: “O bicho vai pegar”. Do lado de fora, esse homem teria atirado contra Azevedo e Almeida. O suposto assassino, porém, somente foi caracterizado como sendo pardo.

O proprietário do lugar onde ocorreu a tentativa de assassinato afirmou que não soube, por meio dos funcionários que trabalharam durante a madrugada, de nenhuma discussão mais grave tenha acontecido antes do crime. “Eu cheguei às 5h, poucos instantes antes do crime. A mesa já estava paga, mas não sei quantas pessoas haviam. Não percebi eles saírem nem vi o que aconteceu. Estava muito escuro, só escutei os tiros”, disse A.A., 51 anos. Os funcionários não quiseram comentar o caso.

Dois carros – uma Blazer e um Monza – serão investigados nos próximos dias. Ninguém confirmou se a Blazer era uma viatura policial. “O caso ainda é misterioso e não apresenta muitas pistas. Como nada foi roubado, as investigações devem seguir de acordo com as informações que surgirem”, disse o tenente Roberto Morais, subcomandante da 6º Companhia do 6º Batalhão, que cuida da área onde aconteceu o crime.




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