Política Titulo Rio Grande da Serra
Benedito Araújo e Marcelo triunfam após saída do PT

Assim como Claudinho, vereadores se reelegem com votação maior estando longe do petismo

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
01/03/2021 | 00:02
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Celso Luiz e Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (Podemos), não foi o único político da cidade a obter êxito eleitoral fora do petismo. Os vereadores Marcelo Cabeleireiro (PSD) e Benedito Araújo (PSB) se reelegeram à Câmara longe da sigla.

Militante histórico do PT, já que estava na sigla desde a sua fundação, nos anos 1980, Dito, como é conhecido, deixou a legenda após desgaste antes da eleição municipal do ano passado.

À época único vereador do PT na Câmara da cidade, o parlamentar acreditava ser o candidato natural para disputar o Executivo. O petismo da cidade, entretanto, não entendeu dessa forma e acabou escolhendo o ex-prefeito Ramon Velásquez (PT) para o pleito. Como resultado, Velásquez amargou quarto lugar na disputa e o PT obteve o pior desempenho de toda sua história na cidade – obteve 487 adesões, 2% dos válidos. O PT não elegeu um vereador.

Fora do partido, Dito viu sua votação crescer: saltou de 398 votos em 2016 para 449 adesões. “O PT não é mais um partido como era antes. A militância deixou de atuar próxima ao munícipe e só pensa nas eleições. Eu tenho certeza que se fosse qualquer outro candidato em vez Ramon, o PT poderia ter vencido a eleição”, disparou o vereador, que também avisou que vai se opor a Claudinho da Geladeira na Câmara. “Desejo toda a sorte ao Claudinho, mas serei oposição.” O PSB lançou o ex-vereador Akira Auriani à Prefeitura e o socialista ficou na segunda colocação, quase vencendo o chefe do Executivo – diferença de 431 votos.

A situação de Marcelo Cabeleireiro foi diferente. Ele foi expulso do PT após votar pela manutenção da taxa do lixo na cidade, em 2018 – houve reclamação também pelo fato de Marcelo ter apoiado candidatos a deputado de fora do petismo. A cúpula do partido na cidade, à época sob comando de Almeida Freire, decidiu pela expulsão sustentando que o parlamentar já tinha desrespeitado as normas da sigla em outras oportunidades.

“Quando saí do PT, eles queriam mandar no meu mandato, ordenando as coisas que eu tinha que votar. Nunca achei que deveria ser expulso”, declarou. Em 2016, pelo PT, o parlamentar obteve 395. Já em 2020, o vereador viu os votos aumentarem para 469. 




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