Ele contou que o ex-subsecretário de Administração Tributária da Secretaria de Fazenda do Rio Rodrigo Silveirinha, acusado de comandar o esquema de corrupção, tinha reuniões periódicas com a Junta para receber autos de infração que traziam o nome das empresas envolvidas em irregularidades e que deveriam ser multadas.
Jonathas garantiu aos deputados que compõem a CPI que nunca recebeu orientação de Silveirinha para cometer irregularidades. Ele disse acreditar que o alto número de multas canceladas pode ter sido provocado pelo acúmulo de trabalho da junta. Para ele, o cancelamento de 125 multas, três dias antes de deixar seu cargo, foi um processo normal para limpar as gavetas.
Nesta quinta, a CPI recebeu um relatório da Junta com as 17 maiores multas canceladas. De acordo com o levantamento, apenas uma das empresas deixou de pagar R$ 200 mil ao Estado.
Depois do depoimento de Jonathas, foi a vez do presidente do Conselho de Contribuintes das administrações de Garotinho e Benedita da Silva, Roberto Lippi Rodrigues, falar aos deputados.
Ele revelou que a quantidade de multas canceladas pela Junta é “absurda”. Lippi diz ter conhecimento de que 597 multas com valor acima de R$ 500 mil foram suspensas. Segundo ele, as multas anuladas não eram julgadas depois pelos conselheiros, o que pode ter facilitado fraudes.
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