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Ex-delegado aponta mais vítimas no caso dos grampos
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27/02/2003 | 00:12
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A Secretaria de Segurança Pública da Bahia pode ter grampeado com freqüência ainda maior do que se imaginava cidadãos contra os quais não pesava nenhuma suspeita de participação em crimes. No depoimento prestado na noite desta terça-feira à Polícia Federal, o ex-delegado-chefe da secretaria Valdir Barbosa revelou que, possivelmente, mais de um inquérito foi usado, até o fim de 2002, para quebrar o sigilo telefônico de pessoas que não estavam sob investigação.

Até então, a PF acreditava que as escutas irregulares tinham ficado restritas a um único inquérito, aberto para desvendar um seqüestro de duas crianças ocorrido em Itapetinga (BA). O expediente da polícia baiana era incluir, nos pedidos de quebra de sigilo enviados à Justiça, os telefones de políticos e outros cidadãos considerados adversários do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA).

Diante da revelação, a PF deverá realizar um levantamento para conferir se, além de terem sido grampeados durante o inquérito relacionado ao seqüestro de Itapetinga, o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e o líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (PT-BA), foram vítimas de escuta em outros casos. Na lista de grampeados descoberta até agora também figuram o ex-deputado Benito Gama (PMDB-BA), o advogado Plácido Faria e a mulher dele, a advogada Adriana Barreto, ex-amante de ACM.




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