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Comerciantes trabalham com medo no centro de Sto.André
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
12/10/2005 | 07:21
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Comerciantes da rua Carlos de Campos, no Centro de Santo André, reclamam que nos últimos dois meses houve aumento considerável de roubos e furtos na rua. Eles dizem que os roubos são mais freqüentes no final da tarde e os furtos, à noite.

Há duas semanas, o peixeiro C.R., 69 anos, e a mulher, foram surpreendidos por dois rapazes armados. C.R. fechava o estabelecimento quando os assaltantes chegaram. “Eles saíram do meio da viela e me atacaram. Um deles apontou a arma para mim e mandou que eu entregasse a carteira. Não tive outra opção”, afirmou o peixeiro.

“Montei meu estabelecimento aqui há seis meses e nunca senti um clima tão pesado. Todo mundo está com medo dos ladrões. Dois dias após o roubo, dois rapazes suspeitos entraram na minha peixaria. Tenho certeza de que iam me roubar. Só não realizaram o crime porque eu os despistei e saí rápido. Acho que a PM devia fazer mais patrulhamentos”, disse C.R..

Na noite de 29 de setembro, criminosos arrombaram dois consultórios odontológicos à noite. No primeiro danificarem fechaduras de uma grade e uma porta. “Quando cheguei para trabalhar, encontrei tudo revirado. Mexeram em gavetas, pastas e armários, mas não levaram nada. Tinha até deixado aqui instrumentos musicais, como um contrabaixo. Acho que os bandidos queriam mesmo dinheiro vivo”, afirmou o dentista A.J.F., 44 anos. O consultório ao lado também foi invadido. Quando a secretária V.N., 20 anos, chegou para trabalhar, viu um cenário parecido. Só que, dessa vez, os assaltantes levaram R$ 200. “Os ladrões deixaram aparelhos valiosos. Remexeram tudo em busca de dinheiro.”

O major José de Farina Quesada, do comando da PM no Grande ABC,  informou não houve registro nos últimos dois meses de roubo ou furto na rua. Os comerciantes confirmaram que não procuraram a polícia. “Pela falta de registro, não considerávamos a rua um ponto crítico. Vamos passar a realizar patrulhamentos a pé e com viaturas”, disse. “Apesar da falta de boletins de ocorrência, nossa equipe vai olhar a rua com maior atenção”, disse o delegado do 1º DP, Fábio Dal Mas.




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