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Escola particular suspende aulas e remaneja 140 alunos

Colégio Ciam não tem autorização para funcionar no Centro; pais querem reembolso

Juliana Stern
10/03/2018 | 07:00
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O Ciam (Colégio Integrado Americano), de São Bernardo, suspendeu as atividades para o ano letivo de 2018 por não ter conseguido renovar alvará de funcionamento junto à diretoria de ensino do Estado. Após início das aulas, 140 alunos tiveram de ser remanejados para outras escolas da região.

Em dezembro, o colégio informou aos pais que, por causa de dívidas e acordos judiciais contraídos pelo antigo mantenedor – que faleceu em julho do ano passado –, mudaria a sede da escola da Rua Odeón, no bairro Ferrazópolis, para prédio de 13 andares na Avenida Lucas Nogueira Garcez, na região central da cidade. Apesar de a maioria dos pais concordar com a migração, a mudança não foi consolidada, já que o novo local não está de acordo com as exigências da Secretaria do Estado da Educação. Segundo a administração estadual, o prédio não atende aos requisitos de segurança e acessibilidade.

Com o alvará suspenso, o colégio não teve outra alternativa a não ser interromper o ano letivo, causando transtorno para mais de 100 famílias. De acordo com a vendedora Jacilene Abrantes Chagas, 37 anos, cuja filha, Gabrielle, 13, estava matriculada no 9° ano do Ensino Fundamental, a notícia de que a escola fecharia chegou apenas dois dias antes do começo das aulas. “Foi um susto, cheguei na reunião em que a gente (os pais) deveria conhecer os professores e, ao invés disso, nos contam, aos 45 do segundo tempo, que não vão abrir neste ano”, diz

Funcionários afirmam que, assim que receberam a confirmação de que não seria possível ministrar aulas na nova sede, procuraram escolas dispostas a acolher os alunos. Dois colégios foram indicados pela coordenadoria, o Campi e o Viva a Vida, ambos sediados em São Bernardo, que compartilham o sistema de ensino do Ciam e concordaram em receber os alunos cobrindo os valores das mensalidades. 

Os pais, no entanto, se sentem prejudicados e exigem reembolso. Segundo o atual gestor da empresa, Douglas Gabriel da Silva, a pretensão é compensar todas as famílias que entrarem com o pedido. “Estamos providenciando, para os próximos dias, plano para pagar e devolver os valores, de maneira que nenhum envolvido se sinta prejudicado”, informou.

O Ciam informou ainda que continua realizando ajustes de infraestrutura na nova sede para obter o alvará de funcionamento do Estado e voltar à ativa em 2019. 




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