No primeiro embate direto após diálogo franco entre o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), e o G-12 (grupo de uma dúzia de vereadores que não integram a base aliada), o jogo terminou zero a zero. O chefe do Executivo queria o aluguel social no valor de R$ 450. Os parlamentares apresentaram emenda de R$ 480. Cada lado cedeu em R$ 15 e o benefício foi fechado em R$ 465. Portanto, o petista e o bloco mediram força, mas não houve vencedor. Mas houve um derrotado: o secretário de Gabinete, Tiago Nogueira (PT). Ele saiu da interlocução com os vereadores. O papel foi assumido pessoalmente pelo prefeito. Os parlamentares gostaram. Foram atendidos por Grana no Paço, conversaram por duas horas e expuseram suas demandas. Tiago não dava abertura para conversa. Além disso, disparava declarações ásperas ao G-12. Uma forma não muito saudável de tratar parte do Legislativo, ainda que seja adversária. O meio-termo é sempre o melhor discurso do articulador. Foi assim com o aluguel social. Tiago está sendo fritado na frigideira do Executivo. Dizem que é questão de tempo para se queimar totalmente e deixar o posto. Para alguém sempre sobra, secretário.

Cidadania italiana

O brasileiro Fausto Longo (Partido Democrático) foi eleito senador italiano. Ele fez campanha no Grande ABC erguendo a bandeira de desburocratizar a emissão da cidadania italiana no País. Longo fez dobrada com Fábio Porta (PD), italiano casado com brasileira, reeleito deputado. A dupla, que contou com votos dos brasileiros com cidadania italiana, representa a frente de centro-esquerda, opositora ao grupo de centro-direita do polêmico ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Saúde em pauta

São Bernardo sedia, nos dias 5 e 8, o 27º Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, considerado um dos principais eventos do setor no País. Na oportunidade, haverá cursos, debates e mesas-redondas para troca de informações entre os gestores para atualização de procedimentos a serem adotados pelas cidades.

Ronda

Diniz Lopes (PR) saiu de Mauá, atravessou todo o Grande ABC e chegou a Diadema para falar com a cúpula republicana na cidade. O partido tem quatro vereadores e o ex-superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) quer apoio para sua candidatura a deputado estadual em 2014. Mas existem dois problemas. O primeiro, ter o registro validado pela Justiça Eleitoral, que tem enquadrado Diniz na Lei da Ficha Limpa. O outro, que o PR já traça plano para lançar um nome de Diadema à Assembleia Legislativa. Ricardo Yoshio, do PDT, está sendo sondado.