Os ex-presidentes americanos Bill Clinton e George Bush concluíram nesta segunda-feira, nas Ilhas Maldivas, sua viagem pelos países mais afetados pelo maremoto de 26 de dezembro passado. Eles avaliaram em US$ 11,5 bilhões o custo total da reconstrução da região do sudeste asiático.

"Calculamos em entre US$ 11 bilhões e US$ 11,5 bilhões o necessário para que possa voltar à normalidade", declarou Clinton pouco antes de deixar o arquipélago, onde 82 pessoas morreram durante a tragédia das tsunamis. As promessas de ajuda mundiais, governamentais e individuais representam atualmente cerca de US$ 7 bilhões.

Os dois ex-dirigentes, encarregados pelo atual presidente americano, George W. Bush, de recolher fundos privados para ajudar as vítimas do maremoto, garantiram aos países afetados que participariam da arrecadação de doações para a reconstrução.

Clinton lembrou que Bush pediu ao Congresso US$ 950 milhões para ajudar as vítimas da tragédia que causou mais de 288 mil mortos em 11 países da Ásia e da África. "Não acho que o mundo esquecerá rapidamente a tragédia", opinou Clinton, considerando que a Tailândia precisaria de mais ou menos um ano para voltar à normalidade, enquanto que "para as áreas mais devastadas de Aceh, na Indonésia, será necessário ainda mais tempo".

De acordo com uma primeira avaliação conjunta do Banco Mundial, do Banco Asiático de Desenvolvimento e do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, as Maldivas precisam de cerca de US$ 304 milhões para sua reconstrução.

Bush pai e Clinton haviam iniciado sua viagem asiática no sábado na Tailândia, seguindo domingo para a Indonésia e o Sri Lanka, antes de desembarcar nesta segunda-feira nas Ilhas Maldivas.