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Ecovias investe R$ 150 mi para melhorar Anchieta/Imigrantes
Por Danilo Angrimani
Do Diário do Grande ABC
12/02/2005 | 14:27
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A Ecovias, concessionária que administra as rodovias Anchieta e Imigrantes, anunciou nesta sexta-feira um pacote de obras e aquisição de equipamentos para manutenção das rodovias no valor de R$ 150 milhões até 2006. O valor inclui a construção de um novo trevo de acesso ao Riacho Grande, em São Bernardo, na altura do km 30 da via Anchieta e uma fábrica desmontável de asfalto.

A Ecovias também divulgou números de faturamento. Entre maio de 1998 e dezembro de 2004, os motoristas deixaram nos pedágios da concessionária R$ 1,487 bilhão. Entretanto, registrou déficit de quase R$ 500 milhões no período.

O anúncio foi feito ontem, com exclusividade ao Diário, pelo diretor superintendente da Ecovias, João Lúcio Donnard, 55 anos. Até o final de 2006, 90% das pistas do sistema Anchieta-Imigrantes estarão recapeadas e sem nenhum buraco, promete o executivo. "A Anchieta e a Imigrantes hoje já são estradas muito boas e queremos que elas atinjam padrão de primeiro mundo."

Do total do pacote de R$ 150 milhões destinado à melhoria do sistema, a Ecovias vai empregar R$ 70 milhões na recuperação das pistas e eliminar buracos, ondulações e saliências. Uma fábrica desmontável de asfalto está em construção e deve entrar em operação nos primeiros dias de abril. Entrará em operação primeiramente no trecho do planalto, fornecendo asfalto ecológico – produzido com pó de pneu reciclado, para obras de recapeamento. Depois, a fábrica será desmontada e transferida para a Baixada Santista.

"A usina desmontável de asfalto terá filtros, equipamentos de última geração, antipoluentes, que vão produzir um asfalto da melhor qualidade. Dezesseis pessoas serão contratadas para operar a usina, entre operadores de equipamento e laboratoristas", diz Donnard, que aponta o trecho entre os quilômetros 30 e 40 da Imigrantes, trecho do planalto e em território de São Bernardo, como o mais urgente para ser recapeado.

Déficit – João Lúcio Donnard, diretor da Ecovias, justificou o déficit de quase R$ 500 milhões entre 1998 e 2004 com os investimentos na melhoria do sistema realizados no período. "A concessionária gastou R$ 1,085 bilhão na construção da nova pista da Imigrantes, incluindo nesse valor todos os gastos com equipamentos."

De acordo com a empresa, foi preciso recorrer a financiamentos de bancos estrangeiros, como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), para cobrir o rombo.

Novos investimentos – A partir de janeiro do ano que vem, a Ecovias inicia a construção da terceira faixa da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, que liga a Baixada Santista ao Litoral Sul. Serão 18 quilômetros de faixa adicional, que devem reduzir o congestionamento no acesso à Praia Grande. O custo dessa obra será de R$ 140 milhões.

Também para 2006 estão previstas a complementação da Marginal Norte (sentido capital) da via Anchieta (trecho de Planalto) e a construção de um trevo na rodovia Piaçaguera-Guarujá no cruzamento com a Rio-Santos.

Pesquisa – A Ecovias recebeu a menor nota dos usuários entre as dez concessionárias de rodovias em pesquisa realizada pelo governo do Estado entre 3 de outubro e 10 de novembro do ano passado, com base em 4,8 mil entrevistas. Foram ouvidos motoristas de carro, ônibus e caminhão. O estudo foi elaborado pela FIA (Fundação Instituto de Administração) da USP (Universidade de São Paulo) a pedido da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), que supervisiona a prestação de serviço das concessionárias.

O diretor superintendente da Ecovias, João Lúcio Donnard, diz que a pesquisa não pode ser confundida com um ranking. "Não é para apontar que é a melhor ou quem é a pior, mesmo porque recebemos uma nota acima de 7, o que é considerado bom." Para ele, o que vem derrubando a avaliação da Ecovias é a ausência de postos de serviço ao longo da Anchieta e Imigrantes.

"Temos limitações. No Parque Nacional da Serra do Mar é proibido ter posto de combustível. A mesma coisa acontece na área de mananciais que circunda a represa Billings", afirma Donnard.

A concessionária está realizando estudos dse viabilidade para identificar pontos comerciais que atraiam os investidores. "Estamos trabalhando para que o usuário tenha o maior conforto possível dentro do sistema."




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