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Gurus 'põem' o goleiro Sílvio Luiz na Seleção
Raphael Ramos
Do Diário do Grande ABC
02/02/2005 | 14:18
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Os gurus já estiveram na Seleção Brasileira, conquistaram duas Copas do Mundo e profetizam: o pupilo está no caminho para participar do Mundial de 2006, quando o Brasil buscará o hexacampeonato.

É neste clima que o goleiro Sílvio Luiz, do São Caetano, ganhou destaque no cenário nacional, enfrenta boa fase – comprovada no último domingo, quando foi o melhor em campo e defendeu um pênalti na vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras – e passou a ser cotado para voltar a vestir a camisa da Seleção Brasileira.

Desde o início da temporada, Sílvio, 27 anos, é treinado por dois dos mais renomados profissionais da área. Zetti, que atuou como goleiro por mais de 20 anos, conquistou duas Libertadores, dois Mundiais Interclubes e foi Tetracampeão Mundial em 1994 nos Estados Unidos (como reserva de Taffarel), entre outros títulos brasileiro, paulista e sul-americano. Já o treinador de goleiros Carlos Pracidelli tem no currículo o título da Copa de 2002, quando fez parte da comissão técnica.

“Acho que o Sílvio tem muito a crescer, ele ainda pode melhorar a condição física e técnica, mas a cada partida está progredindo. Se ele souber aproveitar as oportunidades que estão surgindo, tem grandes chances de ir para a Seleção”, prevê Zetti.

Mesmo consciente de que a briga por uma vaga no gol da seleção é uma das mais acirradas dos últimos tempos – Dida e Júlio César têm sido figuras constantes nas convocações de Carlos Alberto Parreira, Rogério Ceni e Gomes enfrentam boa fase e Marcos voltou de contusão –, Sílvio Luiz confia no seu retorno à equipe. “O importante é manter uma boa regularidade nos jogos. A seleção ainda é uma meta a ser alcançada, mas trabalho todos os dias para realizar o sonho de todo jogador de futebol, que é disputar uma Copa do Mundo”, disse.

Sílvio Luiz participou do Pré-Olímpico de 2000, quando Vanderlei Luxemburgo comandava a seleção. Não foi a Sydney e acabou firmando-se no gol do Azulão. Hoje, é o atleta que mais vezes defendeu as cores da equipe do Grande ABC. Esteve em campo 372 vezes e sofreu 353 gols, um média de 0,94 por jogo.

Desde que chegou no São Caetano, em 1998, além do acesso à primeira divisão nacional e estadual, conquistou apenas o Campeonato Paulista do ano passado. No entanto, foi vice da Copa João Havelange de 2000, vice-brasileiro de 2001 e vice da Libertadores de 2002.

A identificação com o São Caetano é tanta, que, mesmo formado no Flamengo – clube que defendeu antes de transferir-se para o Mirassol para, em seguida, desembarcar no Grande ABC –, Sílvio Luiz não faz planos de deixar o Azulão para voltar ao Rio de Janeiro. “Não vou dizer que desta água nunca beberei, mas nem relógio trabalha de graça”, afirmou em alusão ao fato de o clube rubro-negro atrasar constantemente os pagamentos de salário.

Na hora de falar sobre os ídolos na posição, Sílvio Luiz também não titubeia. “Admirava o Carlos Germano, mas acompanhava muito o Zetti. Não é porque hoje ele é meu treinador que vou jogar confete, mas ele jogava muito e sempre me espelhava nele”.



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