Nesta manha, o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Ronaldo Gazzola, disse, em entrevista à rádio CBN, que nao havia como prever a morte de pessoas durante os plantoes do auxiliar de enfermagem Edson Izidoro Guimaraes e que o mínimo que pode ser feito é oferecer indenizaçoes às famílias das vítimas.

Segundo ele, o prefeito Luiz Paulo Conde vai entregar o caso nesta segunda-feira à Procuradoria do município, que vai entrar em contato com a Justiça para estabelecer o valor da indenizaçao. Gazzola disse que a indenizaçao é uma forma de respeito e consideraçao da prefeitura, que tem responsabilidade no caso, mas nao poderia prever o acontecimento.

Ele acha muito difícil que Izidoro esteja em situaçao irregular quanto à sua licença de trabalho, como garantiu o presidente do Conselho de Enfermagem à rádio CBN. O secretário argumentou que uma pessoa precisa apresentar todos os documentos legais para que seja contratada, principalmente por se tratar de concurso público.

Quanto à máfia das funerárias, Gazzola disse que este é um negócio que movimenta milhoes e que será possível identificar as funerárias que estiveram envolvidas no esquema.

A Comissao de Saúde da Assembléia Legislativa do Rio vai se reunir nesta segunda-feira e programar uma série de visitas a hospitais públicos do Rio para combater a máfia. Segundo o presidente da comissao, deputado Paulo Pinheiro, o objetivo é fazer campanhas de esclarecimento e criar mecanismos para que parentes de pacientes mortos saibam como agir diante da burocracia para enterrar gratuitamente seus familiares.

Entre as propostas está a de criaçao de um setor com assistente social ligado diretamente a instituiçoes que tratam do assunto, como a Santa Casa, o Instituto Médico Legal e os Cartórios.