O julgamento de Allan dos Santos Peçanha, 29 anos, acusado de mandar matar a estudante de Administração Lore de Santana Vaz, cujo corpo foi encontrado em carro no dia 13 de setembro de 2012, começou ontem em Santo André. O réu foi levado a júri popular e a sentença deve sair hoje.

A equipe do Diário acompanhou parte do procedimento no Fórum da cidade. A juíza Milena Dias, mesma que presidiu o caso de Lindemberg Alves, condenado pela morte de Eloá Pimentel, é responsável pela condução do julgamento. Foram escolhidos por sorteio sete jurados, que vão votar pela culpa ou inocência de Allan.

A audiência começou com depoimentos das testemunhas, entre elas o delegado que investigou o caso, Paulo Rogério, além da mãe de Lore, a dona de casa Vandete Moreira de Santana Vaz. “Minha vontade não é agredir. Só quero perguntar o porquê de ele ter feito isso. Minha filha não merecia”, disse Vandete.

Emocionada, a mãe ressaltou que nada pode mudar o ocorrido. Mesmo assim, quer justiça. “Não importa se ele vai pegar 30 anos ou dois. Nada vai trazer a Lore de volta. Mas espero que ele pague pelo que fez.” Vandete afirmou que a filha era trabalhadora e independente. “Quando bebê, ela teve sopro no coração e quase morreu. Era batalhadora e lutou pela vida. Depois de ter um filho, fez questão de criá-lo sozinha. Sinto falta dela onde quer que vá.”

O pai da vítima, o mecânico João Luiz Vaz, 57, comentou o caso com lágrimas nos olhos. “Não tem muito o que falar. Esse cara levou minha filha.”