Política Titulo Editorial
Direito violado
Por Da Redação
09/03/2015 | 07:00
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Arte/DGABC


Habitantes de 20 bairros do Grande ABC são tolhidos do direito de receber em casa suas cartas ou produtos enviados pelos Correios. Isso porque deram o azar de morar em localidades nas quais a violência impera e os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos se tornaram alvo fácil de bandidos.

As localidades onde é proibido obter correspondências estão espalhadas por Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá. Segundo o sindicato que reúne carteiros e demais funcionários do setor, foram listadas a partir de ocorrências de roubos e sofridos pelos profissionais durante o exercício de suas atividades cotidianas.

Os Correios, diante da situação, optaram pela solução mais cômoda: não enviam mais seus agentes a estes locais e os habitantes que se virem para ter acesso aos pertences, mesmo que para isso tenham de percorrer longas distâncias até as agências da empresa.

A pergunta que fica é: se os pontos das ocorrências são conhecidos, por que não acionar as autoridades para garantir a integridade de quem é responsável pelo serviço? Claro que este Diário procurou a empresa em busca da informação e teve como resposta apenas que detalhes e ações não podem ser fornecidos por questões de segurança.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública do Estado também mostrou-se evasiva ao relatar que tanto a Polícia Militar quanto a Civil têm se empenhado no sentido de inibir os crimes contra o patrimônio. Ora, mas não é exatamente isso que se espera das duas instituições? E vai além, ao informar que cabe à Polícia Federal solucionar os delitos que envolvem os Correios.

Enquanto isso, a conta é mais uma vez transferida ao cidadão comum, que paga pelos serviços que não são prestados a contento. Pelo que consta, em nenhum dos destinos onde existe a restrição de entrega ocorre isenção de taxas postais por parte dos Correios.  




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