Política Titulo Perto de encerrar o mandato
Turco sinaliza que diretório do PT andreense não intercede por cargo de Siraque, apesar da derrota eleitoral

Dirigente do partido alega que ‘cada um’ busca espaço próprio

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
15/12/2014 | 07:00
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Montagem/DGABC


Deputado estadual eleito, o presidente do PT de Santo André, Luiz Turco, indicou que o diretório local do partido não tende a interceder por cargo ao parlamentar federal Vanderlei Siraque (PT), apesar da derrota no projeto de reeleição em outubro. O mandato do correligionário se encerra dia 31 de janeiro. Para o dirigente, neste momento, “cada um” está buscando seu espaço político. “Passa por várias interlocuções. Essa situação (posto) vai depender da conjuntura. Todo mundo tem se articulado, mas ele é liderança importante (da legenda) e deve ser aproveitado.”

O prefeito andreense, Carlos Grana (PT), afirmou, recentemente, que debate interno seria feito no PT na tentativa de “construir ponte” ao futuro de Siraque. Parte do ônus sobre o revés eleitoral do deputado recaiu sobre o governo municipal. O Paço colocava o petista na composição de apoio da dobrada oficial única, ao lado de Turco. Entretanto, o sucesso da dupla foi parcial. “Não conversei, porém ele pode contribuir com sua experiência política (em gestões do PT), tem três mandatos de estadual, vereador e agora federal. Inclusive, ajudou na base do governo Dilma (Rousseff, PT).”

Com a reeleição de Dilma, participação de Siraque no governo federal não está descartada. “É uma possibilidade”, sugeriu Turco, sem mencionar qualquer tipo de articulação neste contexto. Atualmente, há guerra de legendas na briga por espaço em Brasília. No primeiro anúncio de reorganização administrativa, o Grande ABC perdeu representatividade: ‘o andreense’ Gilberto Carvalho sairá da Secretaria-Geral da Presidência para dar lugar a Miguel Rossetto e Miriam Belchior deixará o Ministério do Planejamento, embora seja cotada à presidência da Caixa Econômica Federal.

Aos poucos, Siraque tem perdido capilaridade. Nos bastidores, seu nome sofre certa resistência. Prova disso é que o deputado amarga a terceira derrota consecutiva nas urnas. Em outubro, ele obteve 53,2 mil votos, ficando na 13ª suplência. Em 2010, o petista ficou como primeiro suplente da coligação ao alcançar 93,5 mil votos – no período de dez meses sem exercer função legislativa, ele foi contratado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) como assessor especial. O outro revés se deu em 2008, na disputa pelo Paço de Santo André.

“Para nós (do PT), essa eleição foi anômala”, ponderou Turco. Siraque não retornou os contatos da equipe do Diário para falar sobre o assunto. 




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