Economia Titulo Grupo de Trabalho
Região debate o setor automotivo

Ministro Miguel Jorge participa do 1° Encontro Regional que vai buscar saídas para fortalecer atividade

Por Emerson Coelho
Leone Farias
05/06/2009 | 07:00
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge e o secretário do Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, vêm hoje à região para participar do 1º Encontro Regional do Setor Automotivo do Grande ABC, em que serão debatidos os reflexos da crise global e os caminhos para o fortalecimento dessa cadeia produtiva, que é a principal atividade econômica da região.

O evento, que também contará com a presença de autoridades locais e representantes de entidades de trabalhadores e empresariais - entre elas a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), servirá ainda para a constituição de um GT (Grupo de Trabalho) Automotivo do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

Segundo o diretor executivo do consórcio (instituição que reúne as sete prefeituras), Fausto Cestari Filho, essa experiência será semelhante a outra realizada há alguns anos: o GT Petroquímico, que alcançou conquistas como a ampliação do Polo Petroquímico do Grande ABC, com o apoio do governo federal, e a negociação para a redução tributária para o segmento no Estado.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, se mostra otimista. "A indústria automotiva sempre evitou se envolver com questões regionais e está prestigiando", afirmou.

O presidente da Anfavea, Jackson Schneider, se animou com a perspectiva de redução dos problemas do setor no Grande ABC. "O primeiro passo será formar o grupo de trabalho com a presença de montadoras, autoridades e sindicato em uma região que representa 40% da produção nacional." Ele citou que uma das intenções é debater a questão da logística. "Envolve o impacto da criação do Rodoanel e a proximidade com o Porto de Santos para escoamento da produção", explicou.

No entanto, a iniciativa não deve se resumir a esse tema. "A ideia é estabelecer políticas que ajudem a reduzir custos e gerar empregos", explicou o Secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Jefferson da Conceição.

Nas montadoras da região, existem 35 mil postos de trabalho atualmente e nas fabricantes de autopeças da área metalmecânica, mais 30 mil. Esse número não inclui os funcionários de empresas de componentes automotivos de plástico e borracha. Estima-se que, a cada vaga aberta nas montadoras, são criados oito postos indiretos (em fornecedores, revendas e oficinas).

Segundo Conceição, o GT também deverá oferecer propostas para ampliação das exportações e para melhora do acesso ao crédito das pequenas empresas.

Esse último assunto também é considerado importante, já que a região, além de reunir montadoras, tem forte presença das indústrias de peças, em grande parte de porte reduzido. "É importante discutir o fortalecimento das pequenas autopeças que são muitas em Diadema e precisam de acesso aos recursos tecnológicos, crédito e maior capacitação profissional", afirmou o secretário de Desenvolvimento de Diadema, Luís Paulo Bresciani.




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