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Walmart abrirá 100 lojas em 2010
Por Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
22/12/2009 | 07:00
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A rede varejista Walmart vai abrir pelo menos 100 lojas no País em 2010, investimento que deve chegar a R$ 2,2 bilhões. Este é o maior aporte desde a instalação da rede no Brasil, há 15 anos.

O presidente do Walmart Brasil, Héctor Núñez, fez o anúncio da expansão ontem, com a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.

Na ocasião, o executivo elogiou o comportamento do País durante a crise econômica mundial. "Com certeza é o local mais seguro para se estar durante a turbulência econômica. Não é à toa que apostamos alto no Brasil", afirmou o presidente da varejista.

Com o aporte, a rede pretende gerar cerca de dez mil empregos diretos no próximo ano. "Estamos investindo não apenas em novas lojas, mas ampliando também o programa de apoio a fornecedores regionais, a exportação de produtos brasileiros e projetos de preservação do meio ambiente", destacou Núñes.

Nos últimos quatro anos, a varejista investiu cerca de R$ 4,5 bilhões no País. Somente neste ano, a rede abriu 91 lojas, sendo 70 direcionadas ao público de baixa renda, da marca Todo Dia. Atualmente, o Walmart tem 435 lojas - com cinco formatos e nove bandeiras - espalhadas por 18 Estados e empregando 80 mil pessoas. Na região, são 12 unidades.

Em 2008, o Walmart registrou faturamento de R$ 17 bilhões. "Para este ano esperamos crescimento, mas não podemos antecipar números", explicou o presidente.

Sobre a associação entre Casas Bahia e o Grupo Pão de Açúcar anunciada recentemente, Núñez foi taxativo. "Isso não muda nossos planos em nada. Continuamos com nossa política de preço baixo como a maior arma."

O ministro Miguel Jorge avaliou o investimento da rede como uma boa notícia para o País. "Isso mostra que o Brasil está respondendo e deixou a crise para trás. O aumento da massa salarial da população com menor renda é visível, e a tendência é de crescimento", avaliou.

Questionado sobre os incentivos do governo, que reduziu a tributação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de setores como o automobilístico e o de eletrodomésticos, o ministro afirmou que não fala sobre o prazo de duração dos benefícios. "Não podemos antecipar nada, pois o que leva o consumidor às compras é a certeza de que isso vai acabar. Portanto, antecipar informações sobre possível prorrogação acaba por barrar o consumo. Precisamos fazer a população comprar para fazer girar o ciclo da economia", explicou Jorge.




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