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Cetesb vai investigar procedimento da Comgás
Por Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
24/06/2004 | 20:38
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A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) vai analisar se os procedimentos técnicos da equipe da Comgás para estancar o vazamento de gás natural na avenida Piraporinha, no bairro de mesmo nome, em Diadema, nesta quarta, estão de acordo com o plano emergencial apresentado pela empresa na ocasião da concessão da instalação da rede. A Cetesb alega que não foi informada do vazamento assim que o acidente ocorreu.

Por meio da assessoria de imprensa, a Comgás informou que não descumpriu os procedimentos e que inclusive cumpriu com a meta de chegar ao local do acidente em no máximo uma hora. A empresa justificou a demora para controlar o vazamento à complexidade do acidente. Segundo eles, o impacto do rompimento da tubulação emperrou a válvula mais próxima ao local do acidente.

O vazamento ocorreu às 16h30 desta quarta. Por conta disso, 1,5 km da avenida Piraporinha teve de ser interditado. Às 16h30 desta quarta, o duto de gás foi rompido por uma escavadeira que fazia uma obra viária no local. Os técnicos da Comgás só conseguiram controlar o vazamento depois de três horas e meia. A manutenção da rede de gás foi finalizada no início da tarde desta quarta, mas a avenida foi liberada para o tráfego às 22h.

A Prefeitura diz que as obras vão continuar e que não há perigo algum de acontecer outro acidente, já que os dutos estão distantes do trecho onde vão trabalhar daqui em diante. O trânsito na região do Piraporinha continua impedido apenas no corredor do trólebus, justamente por conta da obra municipal.

Por volta das 13h desta quinta, o abastecimento de gás das 23 empresas, 200 residências, um posto de gasolina e um comércio, que ficam na região e foram prejudicados pelo vazamento, estava normalizado, segundo informou a assessoria de imprensa da empresa.

A Comgás confirmou que as suas tubulações estavam a 28 centímetros de profundidade do asfalto. A empresa disse que a instalação rasa dos tubos é permitida quando há proteção de concreto. A opção desse tipo de instalação ocorreu, segundo eles, por causa da existência de um córrego canalizado – abaixo da avenida. A Comgás disse que a perfuração ocorreu porque a Prefeitura não solicitou o mapa da rede de abastecimento.

A Prefeitura rebate a empresa e diz que pediu no início do ano o cadastro e o mapeamento atualizado de toda a rede existente na cidade. Segundo a administração, o documento recebido mostrava a existência da rede no meio da avenida e não no local da obra.




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