Política Titulo Puxador de Votos
‘Acusação contra Andrés não atrapalha’, afirma Francisco Chagas

Para parlamentar federal, ausência de candidaturas exitosas não prejudica criação da bancada de deputados do PT

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
09/08/2014 | 07:00
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A denúncia de que o ex-presidente do Corinthians e candidato a deputado federal Andrés Sanchez (PT) teria sonegado impostos na época em que comandava o clube não atrapalhará o cartola na disputa por cadeira na Câmara dos Deputados em outubro. Pelo menos é o que prevê o deputado federal Francisco Chagas (PT). Para o petista, o caso não prejudicará a sigla, que aposta em Andrés como principal puxador de votos neste pleito.

“Numa democracia, qualquer pessoa pode ser processada e a Justiça é que vai resolver se é procedente ou não a acusação”, analisou o deputado, em visita ao Diário, na tarde de ontem.

Segundo o Ministério Público Federal, as supostas irregularidades foram cometidas entre 2007 e 2010 – época em que Andrés presidiu o Corinthians – e o não pagamento de impostos teria favorecido o clube paulista. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo a reportagem, o suposto crime fiscal teria causado prejuízo de R$ 94,1 milhões aos cofres públicos. Andrés alega ter negociado a dívida antes de a promotoria apontar o desfalque.

A candidatura do ex-presidente corintiano é vista como responsável pela manutenção da bancada petista em Brasília (hoje conta com 16 deputados), já que o partido estima que a popularidade no futebol e sua aceitação por parte dos torcedores vão render, pelo menos, meio milhão de votos. Nesse contexto, o PT vai às urnas neste ano sem nomes que, juntos, somaram no pleito de 2010 o dobro da quantidade de sufrágios que o partido almeja para Andrés.

Entre os nomes que não disputarão a reeleição estão João Paulo Cunha, José Genoino (ambos condenados no julgamento do Mensalão), Jilmar Tatto e José de Filippi Júnior (que seguem no governo Fernando Haddad, na Capital), além de Ricardo Berzoini, que deixou o mandato para assumir o Ministério das Relações Internacionais, e Carlinhos Almeida, eleito prefeito de São José dos Campos em 2012. “Política é como física, não tem espaço vazio. Esses outros nomes serão substituídos”, pontuou Chagas.




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