A principal resolução da assembleia de professores da rede municipal realizada ontem, no Paço de São Bernardo, foi a declaração do estado de greve da categoria. "Trata-se de um alerta, pois, caso as negociações não avancem, vamos parar", explicou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, Giovani Chagas. Os docentes querem que o Estatuto dos Profissionais da Educação, elaborado em março durante congresso da área, seja enviado à Câmara para votação antes do período de campanha eleitoral, ou seja, até 30 de junho.

Para a categoria, o estatuto estende os direitos a funcionários das escolas, não apenas aos profissionais do magistério, além de facilitar a implementação de planos de carreira.

Segundo Chagas, a reunião realizada com representantes da administração na última sexta-feira rendeu pouco. "A categoria rejeitou a proposta de iniciar as discussões sobre o estatuto apenas após as eleições. Também votamos contra a intenção da administração de discutir a questão da falta do dia da paralisação apenas após o encerramento das discussões sobre o estatuto", destacou, em referência à paralisação de docentes realizada no dia 15.

Ainda não há data para o próximo encontro com a Prefeitura, mas a assembleia dos professores está marcada para o dia 13 de junho, também no Paço, a partir das 19h. 

EXPLICAÇÕES

Os professores também aprovaram na assembleia que seja escrita carta aberta a todos os pais de alunos da rede municipal de ensino para explicar os motivos da greve. "Além disso, vamos também organizar o dia da doação de sangue. Falta apenas entrar em contato com o banco de sangue do município para definir uma data", explicou Chagas.