Um carrinho eminentemente urbano. Assim pode ser definido o Kia Picanto, importado da Coréia do Sul para o mercado brasileiro desde 2006. Com preço de R$ 33,9 mil na versão com câmbio manual de cinco marchas, e de R$ 38,9 mil na opção com transmissão automática de quatro velocidades, o subcompacto teve 3.116 unidades emplacadas no ano passado, segundo a montadora. Só neste ano, até o dia 29, foram comercializados 2.059 veículos. Só em março, último mês com redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), foram vendidos 771 carros - ante 141 em março de 2009.

BEM EQUIPADO - Embora seja o veículo de entrada da marca asiática, o Picanto oferece boa lista de mimos ao condutor. Para começar, o acabamento interno é bem cuidado, e o nível de equipamentos de série é caprichado. Para a segurança, motorista e passageiro da frente têm air bags. O modelo conta também com direção elétrica, ar-condicionado, travas, vidros e retrovisores elétricos, CD player com MP3, entrada auxiliar USB e compatibilidade com iPod.

Os comandos de acionamento elétrico dos vidros e retrovisores ficam ao alcance das mãos, na porta do motorista.

RODANDO - O Diário avaliou a versão que dispensa o pedal da embreagem. O desempenho não é o ponto forte do Picanto. Seu motor 1.0 12V alimentado a gasolina entrega 64 cv de potência a 5.600 rpm e 8,9 mkgf de torque a 3.000 giros. Embora o carro seja leve - são 910 quilos -, falta fôlego nas saídas e nos aclives, principalmente se o ar-condicionado estiver ligado. Em piso plano, o modelo vai bem.

Outro inconveniente do Kia para as ruas brasileiras é o fato de ser muito baixo, o que exige cuidado redobrado ao passar por lombadas, valetas e buracos.

Como é um veículo projetado para uso urbano, o porta-malas é avesso a grandes volumes: leva apenas 220 litros. Se for preciso levar bagagens maiores, o banco traseiro precisa ser rebatido, o que aumenta a capacidade para 882 litros, espaço suficiente, segundo a Kia, para levar uma bicicleta.

CONSUMO - Um selo no vidro traseiro indica que o Picanto tem baixo consumo, rodando 15,8 km/l na cidade e 20,8 km/l na estrada.

A Kia Motors é uma das cinco montadoras brasileiras que aderiram voluntariamente ao PBE (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular). O Picanto foi um dos primeiros veículos que receberam a Ence (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia), com dados sobre o desempenho em relação ao consumo de combustível na cidade e na estrada.

Dentro do programa, o modelo recebeu a classificação "A" da categoria subcompacto, o que significa que está na faixa máxima em seu segmento em termos de eficiência energética.

Os testes, realizados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), indicaram também que tanto a versão mecânica quanto a automática são considerados os veículos mais econômicos da categoria subcompacto quanto ao consumo de gasolina.