A Seleçao Brasileira de Vôlei já sabia que nao seria recebida na cidade de Lodz, Polônia - onde enfrenta a equipe da casa pela terceira rodada da Liga Mundial, nesta quinta-feira e domingo - com tapete vermelho. Mas nao imaginava o verdadeiro clima de guerra armado pelos anfitrioes para recepcionar os atletas brasileiros. Entre outras coisas, os poloneses se negaram a ceder o ginásio onde serao realizadas as partidas para que o Brasil pudesse treinar. Além disso, fizeram chegar aos ouvidos da seleçao que todos os ingressos para as duas partidas já haviam sido vendidos antecipadamente. Brasil e Polônia estao em segundo lugar no Grupo C da Liga, com duas vitórias e duas derrotas. A seleçao dos EUA é a primeira, com quatro vitórias e a Espanha, lanterninha, nao ganhou de ninguém.

O técnico Radamés Lattari revelou ontem que o expediente de "esconder" o ginásio nao é novidade. "Há dois anos, quando estivemos aqui foi a mesma coisa. Eles nos ofereceram o ginásio do jogo só depois que reclamamos, mas às 7h. Agradecemos e fomos treinar em um colégio", disse o treinador brasileiro. O protocolo da Liga manda que as equipes anfitrias reservem um tempo para que as visitantes possam conhecer o local do jogo.

Mas nem só de más notícias viveu a seleçao. Depois de 12 horas de viagem (o Brasil estava em Madri, onde venceu a Espanha no último fim de semana), o atacante Nalbert treinou normalmente. Contundido desde a última quinta-feira, com problemas na coxa direita, Nalbert realizou tratamento intensivo e ontem pôde participar do treinamento de jogadas de defesa.