Política Titulo Mauá
Alvo de inquérito no MP, Sinvaldo nega cobrança de pedágio no gabinete

Vereador diz que foi orientado a não prestar contas por falta de movimentação de ONG

Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
10/02/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Investigado em inquérito do Ministério Público de Mauá por supostamente exigir de assessores a devolução de parte dos salários, o chamado pedágio, o vereador Sinvaldo Carteiro (DC) negou veementemente a prática. O parlamentar também afirmou ter sido orientado por contadores a não prestar contas da sua ONG, atribuída na denúncia como beneficiária dos recursos oriundos do pedágio.

“Desconheço essa prática (cobrança de pedágio). Nunca teve, de forma alguma. O que acontece é que eu peço aos assessores que venham participar da ONG como voluntários. Agora, nada é obrigado”, alegou o parlamentar. O Diário revelou no dia 3 que a Receita Federal suspendeu o cadastro da associação criada por Sinvaldo, a ONG Beatriz Luiz Gonçalves, por falta de prestação de contas. “Não tínhamos conhecimento de como fazia para abrir uma empresa. Aí eu contratei um escritório de contabilidade, que correu atrás dessa documentação. Eles falaram que, como não tem movimentação financeira, não iria ser preciso prestar contas. O contador disse que, se não tem movimentação financeira, não ia precisar alterar nada”, justificou.

Sobre fato de a ONG não funcionar em nenhum dos dois endereços atribuídos à associação, Sinvaldo admitiu que os serviços da entidade foram paralisados. “O prédio (da Rua Fernando Colombo, registrado como endereço oficial da ONG em cartório) era alugado. Se o proprietário não tem interesse mais (em alugar) ou a comunidade não quer mais participar das atividades, não tem por que a gente ficar tendo gasto”, salientou, ao destacar que ficou cerca de um ano na residência. A equipe de reportagem do Diário esteve no local e constatou que atualmente abriga comércio de ovos. Vizinhos disseram desconhecer a existência de uma ONG no bairro.

Sobre a existência de extratos bancários que mostram frequentes saques no caixa eletrônico do Banco do Brasil localizado dentro da Câmara de Mauá logo depois que o salário caía na conta, Sinvaldo foi taxativo. “Não posso ter controle de pagamento de ninguém”, disse.




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