Política Titulo Sem plano concreto
Com baixas de lideranças, PSB de Santo André já pensa em 2020

Sigla que lançou voo próprio no pleito passado ficou sem alternativas

Por Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
04/06/2018 | 07:22
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Claudinei Plaza/DGABC


Com a debandada de lideranças no âmbito de Santo André, a exemplo do vereador Almir Cicote (Avante) e do ex-prefeito Aidan Ravin (Podemos), o PSB recolhe os cacos para tentar se reerguer na cidade apenas para a empreitada de 2020, mas sem plano concreto. Ambos deixaram a legenda em momento considerado de maior potencial eleitoral na esfera paulista, diante da disputa ao governo de São Paulo pela primeira vez no cargo, com Márcio França – apesar da desfiliação, os dois políticos permanecem, no entanto, no arco de alianças do chefe do Palácio dos Bandeirantes.

Primeiro secretário do PSB paulista, Wilson Pedro da Silva lamenta as saídas, mas alega que “ninguém é insubstituível”. Falou que a sigla estuda alternativas para ocupar essa lacuna, só que admite que a situação pode se concretizar apenas depois do pleito de outubro. “Não dá para trocar turbina com o avião em pleno voo. Temos de cuidar da candidatura do Márcio. E montar estratégia, posteriormente, para 2020”, disse o dirigente, ao mencionar que a executiva vai dialogar com o prefeito Paulo Serra (PSDB). “Vai depender muito mais do prefeito do que do PSB, tanto 2018 como 2020.”

O PSB lançou candidatura solo ao Paço em 2016, com o próprio Aidan, que ficou na terceira posição, e fora do segundo turno. A chapa proporcional conquistou 36,3 mil sufrágios, só que elegeu apenas Cicote à vereança, porém o partido mantém uma cadeira na Câmara, com Jorge Kina, após a licença do parlamentar Roberto Rautenberg (PRB). O então vereador Sargento Juliano (PSB) foi barrado pela Justiça Eleitoral. Ele ocupa cargo de superintendente do Serviço Funerário no governo tucano, mas não é considerado cota da legenda.

Kina reconhece que o PSB enfraqueceu com as dissidências. Segundo ele, o partido necessita de “reestruturação” com novas lideranças, reiterando, contudo, que a prioridade no momento é trabalhar por França. “Ideia neste ano é pela reeleição do governador e ter apoio (dele) para 2020.”

A migração de Cicote e Aidan se deu por questões de viabilidade eleitoral. Eles brigam na corrida por assento de deputado estadual, e viam as chances ficarem menores a partir do ingresso de figuras no exercício do mandato, entre eles Barros Munhoz, Roberto Engler, João Caramez, trio que fazia parte do tucanato. O PSB cogita ampla chapa proporcional, incluindo PPS, PV e PSC, o que, na visão de pessoas próximas aos políticos andreenses, elevaria o teto para garantir espaço no Parlamento paulista. A ideia, com esse bloco em formação, é fazer bancada de 25 deputados.

Em 2014, o PSB elegeu seis parlamentares. Subiu para 12 cadeiras com a janela.  




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