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Ney Suassuna depõe nesta terça no Senado
12/09/2006 | 00:00
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A 18 dias das eleições, o Conselho de êtica toma na sessão de terça-feira o depoimento do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), acusado pela CPI dos Sanguessugas de integrar a máfia das ambulâncias. O relator do caso no Conselho, senador Jefferson Peres (PDT-AM), afirmou segunda-feira que tem a previsão de entregar o seu parecer na semana que vem. "Vou tentar que o Conselho se reúna e vote logo o texto final. Mas acho difícil que, às vésperas das eleições, haja quórum para votar o parecer na próxima semana", conformou-se Peres.

Na semana passada, o Conselho de Ética ouviu os depoimentos dos empresários Darci Vedoin e Luiz Antonio Trevisan Vedoin, donos da Planam, principal empresa do esquema das ambulâncias superfaturadas. Os dois complicaram ainda mais a situação do seandor peemedebista ao garantir que ele tinha conhecimento de todo o esquema. Marcelo Carvalho, assessor de Suassuna, recebeu R$ 200 mil da família Vedoin. O dinheiro, segundo os empresários, seria repassado para o senador.

Além de Suassuna, o Conselho de Ética também investiga o suposto envolvimento dos senadores Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MS) com a máfia das ambulâncias. Nesta terça-feira, os integrantes do Conselho tomam o depoimento de Hazenclever Lopes Cançado, chefe de gabinete de Malta, e José Luiz Cardoso, em nome de quem estaria registrado o carro emprestado pelo deputado Lino Rossi (PP-MT) ao senador.

A família Vedoin afirmou que Malta recebeu um carro em troca de apresentação de emendas parlamentares para compra de ambulâncias superfaturadas. Malta admitiu ter usado o carro por mais de um ano, mas não apresentou nenhuma emenda para compra de ambulâncias.

O nome da senadora Serys surgiu porque seu genro Paulo Roberto Ribeiro teria recebido R$ 35 mil do esquema.

Nesta terça-feira, os integrantes do Conselho fazem uma acareação entre Luiz Antonio Vedoin, Paulo Roberto e Ivo Marcelo Spínola Rosa, genro de Darci Vedoin, para tentar acabar com as contradições sobre a participação ou não da senadora na esquema.

Em carta enviada ao Conselho de Ética, na última sexta-feira, os advogados de Darci informaram que ele não vai à acareação "haja vista problema de saúde". Na semana passada, logo depois de depor no Conselho, Darci passou mal e precisou ser atendido pelo serviço médico do Senado. O empresário estava com a pressão alta.

Também houve contradições nos depoimentos dados na quarta-feira por Maria da Penha Lino, considerada pela Polícia Federal como braço da quadrilha no Executivo, e Marilane Cavalcanti de Albuquerque, assessora parlamentar do Ministério da Saúde. Depois de garantir não ter envolvimento com o esquema e chorar duas vezes, Maria da Penha disse que foi "usada pela família Vedoin".



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