"Quem sabe agora com o Guga número um do mundo, o governo começa a incentivar o tênis", disse Alexandre Villas Boas, de 51 anos. Ele é adepto do esporte mas desde janeiro ficou impedido de praticá-lo no Parque do Ibirapuera, onde existiam três quadras de piso rápido.
Segundo ele, cerca de 300 pessoas freqüentavam diariamente essas quadras até que a Prefeitura de Sao Paulo, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e a Associaçao Brasil 500 Anos Artes Visuais destruíram-nas para montar um pavilhao provisório para a comemoraçao dos 500 anos do descobrimento do Brasil. Os usuários encaminharam uma petiçao para a promotoria de Justiça do Meio Ambiente, que está investigando o caso.
De acordo com o bacharel em Direito Fabiano Mattos de Oliveira 25 anos e que também utilizava as quadras do Ibirapuera, o prefeito afastado Celso Pitta assinou um termo de compromisso para devolver as antigas quadras no final do evento 500 Anos, em setembro.
Além disso, o diretor executivo da Associaçao Brasil 500 Anos, Renello Parrini, se comprometeu em ofício encaminhado para a promotoria de Justiça do Meio Ambiente, em construir outras três quadars no centro olímpico onde fica a sede da Secretaria dos Esportes, na avenida Ibirapuera. Até hoje as quadras estao na promessa. "Ainda estamos esperando", declarou Fabiano, que representa a populaçao perante a promotoria. "O local era usado por pessoas de todas as classes sociais mas o carentes nao podem pagar cerca de R$ 50 por hora para jogar em quadras alugadas."
"Podemos popularizar o tênis mas assim fica difícil", reclamou Joao de Almeida, de 36 anos. "Muitos Gugas estao por aí sem lugar para jogar."
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