Após o Diário relatar os abusos cometidos por frequentadores de bares na Avenida Industrial, em frente à UniABC, no bairro Campestre, a Prefeitura de Santo André prometeu tomar medidas para intensificar a fiscalização dos bares e comércios da região.

O Semasa disse que o bairro terá "atenção especial" nas próximas ações do órgão. Mas não especificou quando e como elas acontecerão. Nem mesmo se o pedido da Polícia Militar para unificar as atuações na Operação Choque de Ordem, que acontece no local para coibir o uso de drogas, roubos e carros com alto-falante alto será atendido.

A cidade conta com legislação para emissão de ruídos em estabelecimentos após as 22h. Porém, o Semasa atua somente após denúncia por telefone. A promessa é de que os fiscais, que trabalham 24 horas, cheguem em até três horas e meia após a ligação. Se constatada a infração, o comércio é fiscalizado por 30 dias e, se não solucionar o problema, poderá pagar multa de R$ 375,50 a R$ 3.500.

Além da venda de bebidas alcoólicas e cigarros para menores de idade, alguns estacionamentos funcionam com portas fechadas, impossibilitando a polícia de ao menos fiscalizar.
Segundo a Prefeitura, no último ano foram feitas 2.561 reclamações por ruído, média de 213 queixas por mês.

Dessas, foram emitidos 95 autos de advertência ambiental e 82 de infração ambiental. Apenas dois estabelecimentos tiveram suas atividades suspensas. Mesmo assim, o poder municipal não soube informar qual a situação dos bares, estacionamentos e clubes noturnos da Avenida Industrial, quantos deles já sofreram alerta ou punição do Semasa.