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Para José Anibal, PSDB erra ao esconder FHC
Por Raphael Di Cunto
Especial para o Diário
06/09/2010 | 07:09
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Orlando Filho/DGABC


O PSDB errou ao esconder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso da propaganda eleitoral gratuita. A avaliação é de uns dos mais escolados tucanos de São Paulo, o deputado federal José Aníbal, que concorre ao quinto mandato na Câmara dos Deputados.

"Eu não escondo (o FHC das minhas campanhas). Se o Brasil tem rumo, é por causa do Plano Real. E Plano Real foi o Fernando Henrique (quem fez)", afirmou.

A estratégia da maioria dos tucanos, entretanto, tem sido diferente. Ao contrário dos petistas, que usam e abusam da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os candidatos do PSDB têm evitado mostrar o ex-presidente na propaganda eleitoral gratuita.

Principal alvo de críticas por cauda da exclusão do correligionário, o candidato a legenda à Presidência, José Serra, preferiu mostrar a imagem de Lula à de FHC - e sofreu representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por causa disso.

Na avaliação de Aníbal, porém, o partido deveria rever essa posição. "O brasileiro tem memória, e nela está registrado que o fim da inflação foi com o Fernando Henrique", acredita.

Para ele, o PT quer "reescrever a história" ao tentar mostrar que Lula é responsável pela estabilidade econômica do País. "O mérito do Lula foi não ter feito nada do que ele dizia que ia fazer e não ter mudado nada do que ele pegou. Isso é meio chocante, mas é absolutamente verdadeiro", declarou.

Por isso, segundo o tucano, Serra começa a acertar na campanha na televisão e no rádio, ao partir para o ataque e mostrar contradições no discurso petista. "Lidamos com forças políticas que não têm limite de nenhuma natureza. Nem ética, nem moral, nem política. Então temos que ser mais contundentes", destacou.

Aníbal discorda ainda de que a oposição sairá enfraquecida da disputa eleitoral. "O PSDB está bem, na frente das pesquisas de cinco governos importantes e com chance em outros. Não há essa possibilidade", disse.

Levantamento do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), contudo, mostra que o número de cadeiras da oposição no Senado deve diminuir. O PSDB perderia entre 4 e 5 dos atuais 14 senadores, enquanto o DEM, com bancada equivalente, ficaria com apenas 8 a 9 vagas.




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