O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) causou polêmica em 2009, quando surgiram denúncias de que a prova havia vazado. O exame, que aconteceria em 3 e 4 de outubro, foi adiado pelo MEC (Ministério da Educação) e remarcado para os dias 5 e 6 de dezembro. Além disso, USP, Unicamp e PUC desistiram de usá-lo em seus vestibulares. Esses foram os principais fatores para o índice de abstenção recorde: 40%.

Em fevereiro deste ano, um problema na digitalização de redações do Enem fez com que as notas de 915 estudantes fossem divulgadas com erro.

Em agosto, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) deixou vazar dados pessoais das pessoas inscritas entre 2007 e 2009.

Apesar de todas as falhas, o presidente do Instituto Henfil e especialista em Enem, Mateus Prado, acredita que as universidades federais não deixarão de aderir ao exame como forma de seleção dos alunos. Porém, a avaliação poderá perder credibilidade perante a sociedade. "O que pode acontecer é o Fernando Haddad (ministro da Educação) ficar por um fio. Isso é ruim porque corremos o risco de colocar o cargo na mesa de negociação política para disputa da base aliada do governo", avalia o educador.