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Eike Batista quer atuar na banda larga
07/06/2010 | 07:10
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O empresário Eike Batista, conhecido por seus investimentos nas áreas de mineração e energia via holding EBX, tem interesse em entrar no setor de banda larga por meio de uma eventual parceria com o governo.

Segundo o executivo, seriam necessários investimentos de US$ 10 bilhões (R$ 18,3 bilhões) para levar a banda larga de 10 megas por R$ 40 a R$ 50 para todos os brasileiros. Batista afirmou que o setor de banda larga é interessante porque os custos unitários caíram muito nos últimos anos. "Não seria tão custoso oferecer internet a R$ 40 para todos. O Brasil merece e necessita", disse.

De acordo com ele, ainda não existem estudos concretos e nenhuma proposta foi apresentada ao governo.

Acrescenta ainda que o governo teria que contribuir para que o projeto seja eficiente e isso poderia ser feito por meio de uma Parceria Público-Privada. Na visão do empresário, o setor de telecomunicações está relacionado aos negócios da EBX por tratar-se de infraestrutura. "Acredito que existe um grande potencial para o uso da internet para educação à distância no Brasil", afirmou.

Questionado sobre os planos da EBX de abrir capital, como fez com suas subsidiárias, Batista afirmou que não há necessidade porque a companhia está "mega capitalizada". Na visão do executivo, a crise na Europa não deve comprometer o crescimento do País porque apenas 10% do seu PIB (Produto Interno Bruto) é oriundo de exportações. "O mercado interno vai muito bem, obrigado", afirmou. No caso das exportações, ele acredita que a demanda deve se sustentar porque o Brasil exporta itens que o resto do mundo não tem.

O setor de minério de ferro, em que o grupo atua por meio da MMX, tem um cenário positivo devido à forte demanda chinesa, segundo ele. "Os chineses têm falta de matéria-prima", disse. No momento, a subsidiária OSX está construindo um estaleiro em Santa Catarina para atender à demanda da OGX, produtora de petróleo, com aportes de US$ 1,7 bilhão e conclusão prevista para 2012.

Batista defendeu que o governo escolha dois a três estaleiros para concentrar a demanda do País, permitindo a obtenção de escala. "Assim seria possível concorrer com qualquer estaleiro da Coreia", disse, durante o evento.

Segundo ele, o plano atual de pulverizar a produção em vários estaleiros reduz a eficiência. "Hoje estes estaleiros só produzem equipamentos em partes, o que fica 40% mais caro", disse.




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