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Sob pressão, time vive dilema entre Paulista e Libertadores
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27/03/2010 | 07:00
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Capitão do Corinthians, William é muito respeitado entre os jogadores. Talvez por isso seja sincero em assumir posições em situações em que muitas vezes levam outros a discursos ensaiados. Ele condenou, por exemplo, o gesto ofensivo de Ronaldo a alguns torcedores depois do jogo de quarta-feira. E levantou questão que está na cabeça de dez entre dez corintianos: vale a pena se sacrificar no Paulistão em meio à disputa de uma Libertadores tão importante?

Amanhã, uma derrota para o São Paulo pode significar o adeus à fase final do Estadual. "São dois lados. Uma eliminação, muitas vezes, pode diminuir a confiança. Mas, por outro lado, tomo como exemplo 2008, quando não chegamos à semifinal do Paulista e tivemos tempo para treinar e eliminar o Goiás na Copa do Brasil", lembrou William. Após derrota por 3 a 1 em Goiânia, o Corinthians já fora das finais do Estadual teve duas semanas de preparação para o jogo da volta, quando fez 4 a 0 no Morumbi e se garantiu na fase seguinte do torneio nacional.

O técnico Mano Menezes diz que o time vai brigar até o último momento para chegar às semifinais do Paulistão e que o Corinthians montou elenco grande para ganhar tudo no ano do centenário. O que ninguém esperava é que a torcida reagisse tão mal à possível eliminação no Paulistão. As vaias e xingamentos depois de derrota para o Paulista surpreenderam mais pelo fato de o campeonato estadual, até então, ser desvalorizado, do que pela violência verbal de alguns. E uma derrota para o São Paulo, em um clássico considerado até mais importante hoje em dia do que contra o Palmeiras pode levar o time de uma vez por todas à crise. Este é o dilema.

Para piorar a situação, o treino de hoje no Parque São Jorge promete ser agitado. Integrantes da Gaviões da Fiel, maior torcida organizada corintiana, prometem ir ao clube para apoiar o time na véspera do clássico. Mas o apoio normalmente se transforma em uma cobrança indireta.

A diretoria da Gaviões avisou que este não é o momento de cobrar a equipe, que precisa de tranquilidade para vencer a Libertadores. A bandeira branca foi um pedido direto do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, que tem bom relacionamento com os dirigentes da torcida.




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