Após meses de testes, lágrimas e muita música, o programa da Record Ídolos entra em sua fase final. Os cerca de 30 mil inscritos foram deixados para trás e apenas dez participantes ainda estão na disputa por um contrato e a gravação de um CD: Nanda Garcia, Lorena Chaves, Pedrinho Black, Amandí Cortêz, Rafael Barreto, Paulo Cremona, Tiago Mattos, Cássia Raquel, Rafael Bernardo (apontado por eles mesmos como o provável vencedor) e Maria Christina, representante do Grande ABC na competição.

Aos 19 anos, a moradora do bairro Riacho Grande, em São Bernardo, viu no programa a oportunidade de realizar seu objetivo. "Viemos atrás de um sonho, de algo que grita dentro de nós." Segundo ela, a cidade tem grandes cantores a serem descobertos. "A região é maravilhosa. Tem muita gente boa em São Bernardo e que faz um trabalho muito bacana."

Agora, na reta final do programa, o nervosismo é inevitável. "Senti a tensão. Vi como é e é muito grande. Eu vim tranqüila em todas as etapas, mas agora dá um nervosismo de você passar uma coisa boa," explica uma das mais populares participantes.

Observando a performance de todos os concorrentes, Maria desponta como uma forte candidata para vencer o programa. A cada conselho dado pelos jurados, ela busca aprimorar a técnica e crescer. "Os elogios me fazem querer aprender mais. É nessa hora que a gente marca e quer melhorar", diz.

Apesar de estar ganhar espaço na mídia, ela acredita que "a fama é uma coisa passageira. Se mostrarmos um bom trabalho, iremos seguir nossa carreira naturalmente".

Os candidatos estão confinados em um hotel em São Paulo para poderem se concentrar apenas em cantar. Eles gastam o tempo em diversas atividades, entre elas ensaios, treinos na academia, navegar na internet (com monitoração dos sites que podem acessar) e assistir televisão.

O pouco contato que têm com seus familiares são por meio de rápidas ligações para casa. "Eu acho bacana esse confinamento, porque a gente fica mais concentrado no trabalho. Por mais que seja difícil, é importante", comenta Maria.

A casa semana, um participante deixará a disputa. Ao contrário do que ocorria antes, os programas se tornaram temáticos por episódio.

O primeiro tema foi "Meu Ídolo é...", com os aspirantes a ídolo interpretando músicas dos artistas que mais gostam, como Rita Lee, Tim Maia, Roberto Carlos, Seu Jorge, Chico Science, entre outros.

Apesar do estilo visual considerado por alguns como agressivo, Maria emprestou sua voz suave à canção A Sua, de Marisa Monte. "O pessoal fica meio assustado. Eles me olham e já pensam outra coisa. Mas isso acontece também comigo, que sou uma garota tranqüila e doce."

A jurada e cantora Paula Lima acredita que, além de ter a aprovação dos juízes, o essencial nessa etapa final é saber lidar com a tensão. "O nervosismo é o principal inimigo. O que pode derrubar alguém é a insegurança", diz.

Apesar de estarem competindo entre si, a boa relação entre os participantes faz com que a disputa aparentemente fique em segundo plano. "Não acontece de um querer passar a perna no outro. Pelo contrário, nos ajudamos muito. A briga não é um contra o outro, mas sim contra nós mesmos", explica Pedrinho Black.

A atração é transmitida às terças e quartas, a partir das 23h. Os episódios também podem ser acompanhados pela página do MySpace do programa (www.myspace.com/idolos).

A apresentação fica a cargo de Rodrigo Faro, que tentou a sorte como cantor no passado.

Apesar de estar longe da música já há algum tempo, ele confessa que seu envolvimento com Ídolos faz com que relembre dos tempos de cantor.

"Eu amo música e me dá uma vontade enorme de cantar. Eu sei que as estrelas do programas são esses dez. Eu dou minhas brincadas com a banda em alguns momentos, mas longe deles (os participantes)", comenta, bem-humorado.