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Governo pode adiar escalonamento de salários
Por Da Agência Brasil
20/10/2008 | 07:05
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O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, admitiu que o governo poderá adiar o escalonamento dos salários dos servidores públicos. Ele deixou claro que não é uma medida já definida, mas que poderá ser uma das decisões tomadas com o objetivo de conter gastos do governo com o custeio da máquina diante da situação de crise financeira.

O cancelamento de concursos públicos é outra forma apontada pelo ministro para diminuir os gastos com custeio. Paulo Bernardo fez essas afirmações em entrevista ao programa Três a Um, da TV Brasil.

O ministro disse que não tem como prever se o governo precisará enviar ao Congresso Nacional novos parâmetros para basear o OGU (Orçamento Geral da União) para 2009. "Temos um cenário ainda muito indefinido. Não dá ainda para saber se teremos uma redução de receita, o preço do dólar, do barril de petróleo, fatores que influenciam na definição dos parâmetros", disse o ministro.

Paulo Bernardo disse ainda que, se for preciso, o governo poderá fazer cortes no Orçamento. O ministro descartou a possibilidade de mexer nas obras sociais do governo e do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento).

"Tirando o PAC e os programas sociais podemos cortar em qualquer lugar. Um corte de R$ 1 bilhão no Orçamento da União pode parecer muito, mas não é. Pode-se cortar R$ 1 bilhão de forma linear e se percebermos que uma despesa ficou muito prejudicada podemos fazer um recomposição", explicou.

O ministro disse ainda que o governo já vem evitando gastos com a implementação do pregão eletrônico, além de diminuir também gastos com viagens, passagens e com o cartão corporativo.

Ele lembrou que, no ano passado, o governo precisou gastar R$ 6 milhões com a pesquisa Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), gasto que não ocorrerá neste ano.

"O que a gente tem feito é melhorar a gestão, ou seja, melhorar a qualidade dos gastos. É fazermos a mesma coisa com um gasto menor ou fazermos mais coisas com o mesmo gasto", destacou Paulo Bernardo.




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