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Era uma vez: meninas que encantam crianças
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
09/03/2008 | 07:03
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A chance de crescer na vida e ter novos horizontes a partir de atividades educacionais que as afastem de situações de risco – como gravidez precoce, a tentação das drogas e outros malefícios – tem sido o caminho que 200 jovens optaram por traçar em São Bernardo.

Desde o mês passado, elas participam do projeto Contando História, que a Fundação Criança deu início junto com a Prefeitura da cidade.

A ação, que é realizada em 73 bibliotecas escolares interativas do município, visa oferecer para meninas com idades entre 16 e 18 anos um desenvolvimento de valores de cidadania por meio do estímulo para contar histórias infantis e também possibilitar que elas se tornem agentes multiplicadores educacionais.

“A adolescência é uma época de muita vulnerabilidade, independentemente da condição social. Os jovens vivem muitos sonhos e fantasias que, por mais que eles queiram ser seguros, muitas vezes caem em problemas sérios. Com esse projeto, estimulamos a leitura”, disse a presidente da Fundação, Marlene Zola.

Durante dois meses, as adolescentes passaram por processo de treinamento, com o apoio do CIT (Centro de Iniciação ao Trabalho) para habilitar-se à vivência nas bibliotecas do município, organizando livros do acervo, recebendo orientações trabalhistas e de postura profissional.

Além dessas atividades administrativas, cada uma teve consigo o desafio de enfrentar e descobrir certas habilidades que nem elas sabiam que poderiam desenvolver, como técnicas teatrais que as ajudassem na encenação na hora de contar as histórias.

Houve também dinâmicas em grupo, que serão aplicadas em rodas de histórias nas bibliotecas e técnicas de leitura de contos de fada.

Nos próximos 15 dias, a fundação abrirá edital para inscrições de mais 30 jovens com o objetivo de ter mais adolescentes para a realização das atividades nas bibliotecas e nos Centro de Atendimento à Criança e Juventude da cidade.

As meninas recebem uma bolsa-auxílio de R$ 170. “Não tive condições de pagar faculdade para a minha filha. Ela está tendo a oportunidade de expandir seus conhecimentos. Com a primeira ajuda de custo que minha filha teve, ela tratou de comprar mais livros”, disse Margareth de Oliveira Damas, mãe da contadora Thaizi Oliveira Damas, 18 anos.

SELEÇÃO

A presidente da Fundação Criança, Marlene Zola, disse que o processo de seleção das garotas para participar da primeira edição do projeto teve como critério escolher 50% das participantes que vivem em situações de risco. Para a outra metade, foram abertas inscrições à comunidade, independentemente da condição social.




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