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Estréias de cinema trazem humor e drama

Kung Fu Panda, aguardada animação da Dreamworks, é a principal estréia no Grande ABC, em nove salas

Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
04/07/2008 | 07:00
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Puxado por um urso lutador, um herói sem muitos modos e um paciente que sofreu derrame cerebral que aprende a se comunicar piscando as letras do alfabeto, o fim de semana nos cinemas da região e de São Paulo reserva opções de puro entretenimento e riqueza visual.

Kung Fu Panda, aguardada animação da Dreamworks, é a principal estréia no Grande ABC, com exibição em nove salas. Uma fábula sobre superação de limites, respeito e aceitação ‘interpretada' por um balaio de animais de diversas espécies (não por acaso, os lutadores são os animais que dão nome aos estilos da luta).

Se na versão original o estabanado protagonista é dublado pelo careteiro Jack Black (Escola de Rock), aqui o panda Po ganha a interpretação de Lúcio Mauro Filho (A Grande Família). Apaixonado pela arte marcial chinesa, o ursão vive destruindo a cozinha do restaurante do pai, um pato especialista no preparo do macarrão chinês. Seus ídolos são Tigresa, Garça, Víbora, Louva-Deus e Macaco, turma treinada pelo respeitadíssimo Mestre Shifu, um tigre.

 Ídolos e fã se conhecem quando o mestre resolve procurar um novo lutador de kung fu. O escolhido será enviado para missão perigosíssima: impedir que o leopardo Tai Lung, fugitivo da prisão, consiga alcançar o Vale da Paz. Po, que com suas imitações dos movimentos da arte marcial milenar só consegue arrancar risos e acidentalmente destruir o que estiver à frente, incrivelmente é escolhido para a tarefa.

O felino inimigo foi treinado pelo mestre e domina como ninguém os movimentos da arte chinesa, habilidades que vai empregar para tentar roubar o Pergaminho do Dragão, que confere força. Po, por sua vez, vai ter de superar as piadinhas dos novos colegas e provar que toda fraqueza pode se transformar em virtude.

Anti-herói - Em Hancock, também em cartaz na região, Will Smith faz mais um papel heróico. Este personagem, porém, é salvador no sentido estrito da palavra: é resistente à balas e trombadas de trem, voa e tem força descomunal. Mas esqueça Super Homem. Hancock tem super poderes e conflitos internos, que demonstra sendo beberrão, maltrapilho e mal educado. O personagem não sabe a origem de suas habilidades e se redime de tamanha inaptidão social quando invariavelmente salva o dia em Los Angeles. Mas o modus operandi de Hancock não é lá muito sutil e seus feitos sempre acabam causando transtornos maiores. Por isso, a polícia está em seu encalço e a população o odeia.

A coisa muda de figura quando ele acidentalmente ganha um relações-públicas. Ray Embray (Jason Bateman, de Juno) foi salvo por Hancock e o força a aceitar uma arriscada estratégia para limpar sua imagem: se entregar para a polícia e aguardar novas pesquisas sobre criminalidade. 

Premiado - Depois de diversos fins de semana em pré-estréia, finalmente O Escafandro e a Borboleta entra em mais salas nesta sexta-feira. Mas apenas em São Paulo. A sinopse da co-produção França-Estados Unidos que rendeu o Globo de Ouro de direção a Julian Schnabel aparentemente prevê um dramalhão: o inferno de ter e perder tudo em segundos. Mas surpreende.

O jornalista Jean-Dominique (Mathieu Amalric) está com a vida feita: edita uma grande revista, tem três filhos presentes e uma namorada apaixonada. Até que um derrame lhe rouba, à exceção do olho esquerdo e da mente criativa, todos os movimentos. Com a ajuda de uma fonoaudióloga, desenvolve um sistema que lhe permite se comunicar por meio de piscadelas.

O diretor Schnabel, que tem poucos e contundentes títulos no currículo, coloca a longa carreira como pintor à serviço da produção e cria interessantes recursos visuais. Parte do filme foi rodada sob a ótica do protagonista.




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