Depois de romper os 73 mil pontos logo após a abertura e encostar nos 74 mil pontos ao longo da sessão, a Bovespa passou por uma realização de lucros, mas sem força para levar o índice a um fechamento negativo.

Vale ON foi um dos papéis a sofrer vendas, mas apenas após o término do vencimento de opções sobre ações. Depois da alta ao redor de 8% desses papéis na semana passada, os investidores embolsaram os lucros e passaram a um novo round de negociações.

A Bolsa encerrou o pregão com mais um recorde de pontuação, o nono do ano, fechando pela primeira vez na história no patamar de 73 mil pontos. A alta de ontem foi de 0,92%, aos 73.438,8 pontos, que elevou o resultado acumulado em maio para +8,21%. No ano, a Bolsa já subiu 14,95%. O índice também bateu novo recorde na máxima durante o pregão, aos 73.794 pontos (+1,41%). Na mínima do dia, caiu 0,43%, aos 72.458 pontos.

O volume financeiro totalizou R$ 11,701 bilhões. Do total, R$ 4,007 bilhões referem-se ao vencimento de opções sobre ações, sendo R$ 3,989 bilhões em opções de compra e R$ 17,586 milhões na venda.

O comportamento em elevação das bolsas norte-americanas serviu de estímulo para garantir a manutenção do sinal positivo à Bovespa. Lá, entretanto, os ganhos foram rareando na reta final da sessão, com reflexos por aqui. O Dow Jones fechou em +0,32% e o S&P, em +0,09%. Nasdaq caiu 0,50%, influenciada pela queda de Microsoft e Yahoo!. No final de semana, a empresa fundada por Bill Gates anunciou que pretende negociar uma parceria com a Yahoo!, Depois que sua tentativa de compra do site de buscas falhou.

Segundo o gerente do Departamento de análise da Prosper Corretora, André Segadilha, a tendência é a Bolsa doméstica voltar a "colar" nas norte-americanas, o que significa que os indicadores que saem lá esta semana podem mexer nos índices.

Segundo Segadilha, uma realização de lucros mais forte não está descartada, o que não significa mudança na trajetória de alta para a Bovespa, ainda mais com o ingresso de recursos estrangeiros.