"Eu não vou mentir", avisou Coaracy Nunes, presidente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), durante entrevista ontem, em São Paulo. "É muito difícil o Brasil levar alguma nadadora ao pódio na Olimpíada de Pequim."

A declaração do dirigente foi dada logo após ele citar quatro brasileiros com chances de medalha nas provas de esportes aquáticos nos Jogos de Pequim: Thiago Pereira, César Cielo e Kaio Márcio - estrelas das piscinas -, além de Poliana Okimoto, da maratona aquática, em águas abertas.

Coaracy, inclusive, deixou de fora a nadadora Flávia Delaroli, que estava sentada ao seu lado. Antes que a declaração se transformasse em uma gafe, Coaracy contemporizou. "Flávia sabe que é complicado. Mas ela vai alcançar uma final olímpica", disse.

A nadadora concordou: "No Brasil, as pessoas quantificam os atletas por medalhas, mas a natação feminina está feliz com o progresso. Em Sydney (Olimpíada de 2000), por exemplo, tínhamos apenas uma representante", afirmou a atleta.

Agora, para os Jogos de Pequim, são cinco nadadoras brasileiras classificadas: além de Flávia, Daynara de Paula, Gabriela Silva, Joanna Maranhão e Fabíola Molina têm índice olímpico.